Premiação, tranquilidade e títulos: Fluminense se motiva para seguir na Libertadores após semana turbulenta

Tricolor saiu de fase de lua de mel com a torcida a protestos e insatisfação após a divulgação da venda de Luiz Henrique para time espanhol no sábado

Fluminense x Olimpia - grupo e torcida
Fluminense viveu semana complicada desde a vitória na ida contra o Olimpia (Foto: Staff images /CONMEBOL)

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O Fluminense volta ao Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai, 3.213 dias depois de uma doída eliminação para o Olimpia (PAR) nas quartas de final da Libertadores em 2013. Agora, o objetivo é confirmar a vaga na fase de grupos da competição continental para seguir em um dos grandes sonhos da temporada. Se aquela derrota por 2 a 1 acabou sendo traumática, desta vez o Tricolor espera aproveitar a boa vantagem conquistada no triunfo de 3 a 1 no Rio de Janeiro, mas sem deixar de ir para cima para sair com a classificação. O duelo será às 21h30 (de Brasília) e tem transmissão em tempo real do LANCE!.

Quando o Flu deixou o campo no Estádio Nilton Santos, há uma semana, torcida e clube viviam uma fase de lua de mel. Doze vitórias consecutivas, jogadores rendendo e uma atuação de gala de alguns nomes importantes do elenco. Em sete dias, porém, a turbulência veio. No dia em que tentava igualar a maior sequência de triunfos da história contra o Boavista (partida que terminou empatada em 0 a 0), a notícia de que o Tricolor encaminhou a venda do jovem Luiz Henrique, autor de um golaço na partida de ida contra o Olimpia, estourou e a insatisfação tomou conta.

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É verdade que o ano de 2022 começou sob certa desconfiança, mas a melhora em campo fez com que os tricolores depositassem a confiança nos comandados de Abel Braga e no próprio treinador. O título antecipado da Taça Guanabara e o ótimo resultado na partida de ida da Libertadores consolidaram a sintonia. A venda do que hoje é considerado o maior ativo do Fluminense por cerca de R$ 72 milhões, porém, gerou protestos e um sentimento de desilusão de um torcedor que foi machucado ao longo dos últimos anos e sonha em voltar a ganhar um título relevante.

Mas uma classificação no Paraguai não serviria apenas para acalmar os ânimos nas Laranjeiras, ela também é fundamental para o planejamento financeiro do clube. Assim como a venda de Luiz Henrique de maneira imediata teve relação com os problemas nos cofres, seguir na Libertadores significa mais dinheiro no caixa. Depois de já garantir R$ 5,7 milhões por disputar o jogo com o Millonarios e o como mandante diante do Olimpia, o Tricolor somaria mais R$ 15,5 milhões a essa conta na fase de grupos, já que recebe 1 milhão de dólares por cada jogo em casa.

Vale lembrar que o dinheiro da venda de Luiz Henrique, pelo que disse o presidente Mário Bittencourt em entrevista coletiva, é mais imediato. As premiações do torneio continental demoram um pouco mais a entrar no caixa. A Libertadores é um dos grandes objetivos do Fluminense na temporada, que se reforçou pensando justamente em ter um elenco equilibrado para o torneio.

– E o pagamento da Libertadores não é feito à vista. Ele é feito de 10 a 20 dias após cada partida em casa da fase de grupos. Então, entende a nossa situação? E a gente depende de classificar. Tomara que a gente consiga. Pensamos em fazer voo comercial, mas não há voo direto do Rio para o Paraguai. E a nossa logística nos apresentou que levaria de seis a sete horas para chegar ao destino. Estamos fazendo um sacrifício de pagar fretamento para fazer um voo mais curto e com mais conforto para chegar em melhores condições. Se a gente classificar, a fase de grupos começa em 5 de abril. E a gente só recebe a primeira parcela entre 10 ou 20 dias úteis após o primeiro jogo no Rio - disse.

Esta será a 11ª vez que o Fluminense vai até o Estádio Defensores del Chaco na história. São quatro vitórias, três empates e três derrotas em uma partida com o próprio Olimpia (2013), três diante do Libertad (2011, 2008 e 1964), dois amistosos com a seleção do Paraguai (1985 e 1963), além de duas partidas com o Cerro Porteño (1984 e 1964) e o Nacional do Paraguai (ambas em 1955).

Os tricolores terão vantagem no Paraguai e podem até perder por um gol de diferença para sair com a vaga na fase de grupos. Uma derrota por dois gols levará a disputa para os pênaltis. Vale lembrar que não há mais o gol fora de casa como critério de desempate.

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