Contratados pelo Fluminense no início da temporada, Rúben Lezcano e Joaquín Lavega estão há meses sem entrar em campo. Os jovens chegaram como promessas do futebol sul-americano, mas não conquistaram espaço espaço entre as opções de Renato Gaúcho.
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Lezcano chegou em março por cinco milhões de dólares (cerca de R$ 29 milhões à época), vindo do Libertad (PAR). Apesar do investimento, o paraguaio não atua desde 21 de maio, quando entrou por 14 minutos na vitória sobre a Aparecidense por 4 a 1, pela Copa do Brasil. Ao todo, o meio-campista disputou 10 partidas pelo Tricolor, quase sempre como reserva.
Já Lavega, contratado junto ao River Plate (URU) em 30 de dezembro, não entra em campo desde 8 de maio, na derrota para o GV San José pela Sul-Americana. O atacante soma apenas quatro jogos pelo clube e chegou em alta, após ser convocado por Marcelo Bielsa para a seleção principal em outubro de 2024.
A dupla, mais uma vez, sequer foi relacionada para partida de ida das quartas de final da Sula, contra o Lanús, fora de casa, na última terça-feira (16). Em entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0, Renato Gaúcho explicou o "sumiço" dos jogadores, afirmando que ambos precisam ser "lapidados".
— O problema é que a cada três dias a gente tem uma decisão, toda hora é uma decisão. Então no momento estou dando mais atenção para os jogadores que têm o ritmo de jogo. No momento que eu cheguei eu falei para vocês, tanto o Lavega quanto o Lezcano, a gente precisava corrigir eles, lapidar eles em certos momentos. E na hora certa as oportunidades iriam aparecer. Infelizmente para eles, botar nessa pegada que a gente está, em que a cada três dias tem jogos, jogos pegados, tanto na Copa do Brasil como foi, no Campeonato Brasileiro, e mesmo na Sul-Americana. Sem o ritmo de jogo, daqui a pouco vocês vão criticar demais os jogadores. Então no momento certo, pode ter certeza que na hora certa, vão ter as oportunidades. E aí vocês vão poder observar. Agora o que não pode é vocês acharem que vocês conhecem mais que o treinador que está lá todo dia com os jogadores. O treinador só pode colocar 11 jogadores em campo.
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Renato ainda citou o processo de adaptação de Arias para justificar a demora em dar mais minutos aos jovens estrangeiros.
— Eu estou com outros jogadores em campo, eu estou com 30 e poucos jogadores (no elenco), eu tenho dificuldades hoje em dia até para fazer o banco. Hoje, por exemplo, o Keno ficou fora do banco, o Santi que você citou ali, que nem viajou, eu estou tendo o maior cuidado com ele, justamente por isso, para que eu não coloque em campo todos os jogos e daqui a pouco as pessoas começam a criticar ele, nós estamos lapidando o Santi, é um jogador que precisa de tempo, precisa conhecer melhor o futebol brasileiro, precisa conhecer melhor os companheiros dele, porque daqui a pouco ele vai começar a cair na desgraça de algum jornalista, você pode ter certeza. E aí vou dizer que não foi uma boa contratação como de repente acontece. E vocês viram que o Arias, os primeiros seis meses principalmente, ele sofreu. O Santi é colombiano também, ele vai sofrer, então por isso que a gente está tendo o maior cuidado, justamente para que daqui a pouco as pessoas acharem que não foi uma boa contratação.
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