Diniz exalta sintonia com Cano no Fluminense e vê quebra de tabu com dupla de Wellington e André

Treinador admitiu queda do time após o gol, mas exaltou importância da vaga e da invencibilidade desde que chegou ao Flu

Fernando Diniz - Fluminense
Diniz completou três jogos pelo Fluminense e ainda não perdeu (Foto: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC)

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O Fluminense não fez um jogo bom, mas venceu novamente o Vila Nova e garantiu a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil. Após a partida, em entrevista coletiva, o técnico Fernando Diniz admitiu que a equipe não seguiu a estratégia traçada inicialmente e recuou depois do gol marcado por Germán Cano. Luiz Henrique fez o 2 a 0 e carimbou a vaga.

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- O time começou bem e depois que fez o gol não era para ter abaixado o bloco de marcação. O campo estava muito pesado e os jogadores demoraram a se adaptar. Baixou a intensidade do jogo. Isso fez com que o Vila Nova crescesse e nos pressionasse mais do que deveria no primeiro tempo - avaliou o treinador.

Autor do primeiro gol, Cano parece ter reencontrado os bons dias com Fernando Diniz. Os dois se reencontraram depois de trabalharem juntos no Vasco e foi a segunda bola na rede do atacante em três jogos com o treinador. Antes disso eram quatro partidas seguidas sem marcar.

- Eu considero todos titulares que estão aqui. É um time muito qualificado e equilibrado. O Fred também é um grande jogador, um dos maiores ídolos da história do Fluminense. Tem um jogo técnico e elaborado, sempre está nos ajudando. Sobre o Cano, na minha passagem no Vasco eu consegui convencê-lo que ele poderia ser um jogador mais completo. Acho que ele conseguiu ser. Ele tem uma sintonia muito fina comigo, contribui no aspecto físico, na mobilidade e isso ajuda no modelo que eu adoto a ele fazer mais gols. Jogador que faz gol sempre tem que ter um carinho especial porque é difícil ter jogador que coloca a bola para dentro - afirmou.

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Uma das novidades na escalação foi a manutenção de Wellington mesmo com a volta de André. Sem Paulo Henrique Ganso, lesionado, Diniz teve três volantes, além de Nathan, ocupando o meio-campo. O treinador explicou a escolha e afirmou que beneficiou os atletas que estão melhores no atual momento.

- Acho que pelo modelo que eu adoto esses mitos e tabus que as pessoas falam, o primeiro era que não poderia jogar junto Fred e Cano. O outro era Ganso e Nathan e também tem esse de André e Wellington. Todo mundo pode jogar. Minha proposta de escalação era colocar quem eu acho que vivia o melhor momento. O André fez uma grande partida contra o Junior Barranquilla e o Wellington contra o Palmeiras. O André tinha que voltar e o Wellington não merecia sair, então meu critério foi esse - explicou.

- Acho que funcionou bem. O time começou bem. Às vezes no futebol tentamos achar soluções fáceis para problemas complexos. Se o time não joga bem é porque tem Wellington e André e não é nada disso. Tanto é que no segundo tempo o time jogou muito melhor. O André subiu muito de produção, deu uma bola açucarada para uma chance do Cano e jogou bem com o Wellington - completou.

O Flu volta a atenção agora novamente para o Campeonato Brasileiro e neste sábado enfrenta o Athletico-PR às 21h, em Volta Redonda. Na quinta-feira terá o Unión Santa Fe fora de casa, pela Sul-Americana. O Tricolor agora aguarda o sorteio para saber o chaveamento e o adversário das oitavas da Copa do Brasil. A previsão é que seja dia 2 de junho. Diniz falou sobre a solução de problemas e como tem usado o pouco tempo para trabalhar.

- O time quando cai são problemas que o torcedor não costuma enxergar, é mais complexo do que o que aparenta. O time estava de uma maneira geral muito distante um do outro, sem sintonia de subir a marcação. Temos tendência de achar uma solução mais fácil, na minha visão quase nunca acontece dessa forma. Sem mudança de jogador, o time fez 2 a 0. Poderia ter feito mais - disse Diniz.

- Não temos tempo, mas criamos. Temos trabalhado constantemente desde que eu cheguei. Sou um treinador que nos dias que fazemos regenerativo os atletas ainda estão se recuperando e a gente sempre trabalha. No vídeo, no campo, respeitando as cargas que os jogadores suportam. Mas trabalhamos sempre e vamos incrementando o time, colocando os conceitos táticos. Dou os parabéns imensamente aos jogadores porque eles têm contribuído muito para que a adaptação seja muito rápida. Está sendo rápida. O resgate principal é o espírito forte de competitividade que já demonstrou no Carioca contra o Flamengo. Ao resgatar isso as outras coisas ficam mais fáceis - finalizou.

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