Apenas o básico, sorte e mudanças promissoras: os elementos da vitória do Fluminense no Brasileirão

Tricolor teve mais uma apresentação abaixo do esperado, mas contou com desvio no gol de Lucca e três novas peças no time titular na vitória contra o Sport

Fluminense x Sport
Luiz Henrique foi uma das alterações de Marcão para a partida (Foto: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)

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O Fluminense fez o básico e contou com um pouco de sorte para voltar a vencer no Campeonato Brasileiro, pela primeira vez com Marcão no banco de reservas. De volta após se recuperar de Covid-19, o treinador promoveu algumas mudanças importantes na equipe, barrando Yuri, Hudson e Wellington Silva, mas ainda não viu os resultados esperados com Martinelli, Lucca e Luiz Henrique. O placar de 1 a 0 contra o Sport, neste sábado, no Estádio Nilton Santos, é essencial para a briga pela Libertadores, mas ainda mostra um Tricolor lento, pouco criativo e até frágil.

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A parte boa é que as mudanças foram, de certa forma, até promissoras. Com apenas um dia de treinos e um time que nunca havia jogado junto nesta formação, a sensação mais otimista é de que esse pode ser um bom caminho encontrado por Marcão para começar a dinamizar as partidas. Na vaga do criticado Yuri, Martinelli foi o melhor entre as três novidades, ajudando na contensão e jogando próximo aos zagueiros. Entretanto, com a função de iniciar as transições, apareceu poucas vezes na frente, onde poderia ter ajudado caso o Flu atuasse mais compactado.

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Lucca acabou aparecendo mais em sua terceira oportunidade como titular, mas apenas pelo gol. Atuando pelo lado esquerdo, o jogador participou pouco da partida. Com a pouca aproximação do Fluminense, o atacante deu 32 toques na bola e teve uma finalização para fora, além da bola que acabou desviando em Patric para entrar no gol. Já Luiz Henrique não atuava desde o dia 12 de dezembro, quando se lesionou com a Seleção Brasileira Sub-20. Já entre os titulares em seu primeiro jogo, o atacante se esforçou, mas pareceu sentir a falta de ritmo. Errou algumas jogadas fáceis e apareceu menos do que poderia.

- Nunca vou pedir para minha equipe recuar. Viemos com algumas mudanças. O Luiz veio de um período fora, mas precisei dele. Sabíamos que em algum momento iríamos sofrer se não matássemos o jogo. Tivemos a chance e não fizemos. Eles tiveram uma chance em bola parada. Preferimos alguns jogadores fortes para impedir essa jogada deles, Felippe (Cardoso), Caio (Paulista). Mesmo em um momento que sentimos que poderíamos ser pressionados, pedimos também para o time marcar em cima, para tentar tirar essa bola. Mas o mais importante é que, mesmo em uma linha média baixa, estarmos bem postados. Temos que ter inteligência e calma para não sofrermos o gol, e foi isso que aconteceu hoje - disse Marcão em entrevista coletiva.

Em um balanço, foi mais uma partida ruim do Fluminense neste Campeonato Brasileiro, a segunda vitória em seis partidas. Mesmo com um a mais durante todo segundo tempo, o Tricolor ainda não foi capaz de fechar os espaços e aproximar seu meia dos pontas e de Fred. Por isso, a posse de bola se mantém estéril. Com mais quatro confrontos contra times da parte de baixo da tabela, é a hora de o Flu retomar a segurança e embalar no Brasileirão se quiser voltar à Libertadores após oito anos.

- Procuramos essa transição, ritmo, velocidade. As equipes do Brasileiro são muito parecidas. Para furar um bloqueio forte precisávamos de um ritmo forte, quebrar o passe. Na hora de quebrar as linhas, acelerar o jogo. É isso que vamos condicionar a equipe a fazer. Não só ter a bola com posse lenta, mas agressiva. É isso que estamos pedindo. Tenho certeza que vamos encaixar. É o modelo de jogo que queremos fazer o time jogar - completou.

Em números do "SofaScore", o Fluminense teve 65% de posse de bola, 11 finalizações, sendo uma no gol, oito para fora e duas travadas, um chute na trave e 531 passes trocados, com precisão de 86%. Além disso, foram 14 desarmes, 16 interceptações e 14 cortes. A vitória mantém o Flu na sétima posição do Brasileirão, com 46 pontos. Corinthians e Santos, com dois jogos a menos, vêm logo em seguida com 42 cada. O Tricolor encara o Coritiba na quarta-feira, fora de casa, às 20h30.

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