Rodrigo Caio detalha drama e revela apoio de jogador do Flamengo: ‘Só pedi para orar’

'Era só isso o que tinha naquele momento (orar)', disse Rodrigo Caio a Diego, quando estava em período delicado de sua recuperação


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Rodrigo Caio estreou na temporada e, depois de 159 dias sem jogar uma partida oficial, foi a campo nesta quarta-feira, diante do Altos-PI e se destacou atuando nos primeiros 45 minutos da vitória do Flamengo por 2 a 0, pela volta da terceira fase da Copa do Brasil. Após o jogo, o zagueiro detalhou o drama vivido enquanto se recuperava de uma cirurgia no joelho e revelou apoio de Diego Ribas, inclusive. Assista acima.

Tais palavras de Rodrigo Caio foram ditas na zona mista do Estádio Raulino de Oliveira, onde Gabigol e Victor Hugo confirmaram a vaga do Fla às oitavas da Copa.

- Tive que me fortalecer mentalmente. Foi um baque muito forte. Quando saí do Rio, para a minha cidade, eu tive uma conversa muito franca com o Dr. Tannure e o médico que me operou, o Dr. Max, e disse que levaria um fisioterapeuta comigo pois queria me recuperar antes do tempo, voltar a jogar o quanto antes. Infelizmente aconteceu tudo isso. Uma infecção inesperada, que me afetou muito e foi um baque muito grande. Fui internado, começou todo processo para combater isso. Me deu uma baqueada muito forte. Quando se entra no hospital, é você e você. Eu orava todos os dias, pedia a Deus para me fortalecer e não deixar minha cabeça ir embora. Era só o que tinha naquele momento. Uma mensagem do Diego (Ribas), me perguntando como eu estava. Eu falei: "Diegão, estou bem. A única coisa que peço é que você ore por mim." Era só isso o que tinha naquele momento.

Rodrigo Caio - Flamengo
Rodrigo Caio antes de Flamengo x Altos (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

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O zagueiro, de 28 anos, também destacou a importância de se respeitar o próprio limite, além de dizer o quão sacrificante foi a temporada passada.

- 2021 foi um ano muito difícil para mim. Segurei o máximo porque eu não queria ficar fora dos jogos. Levei meu corpo ao maior limite possível. Infelizmente, a gente paga o preço em algum momento. Eu paguei esse preço. Em algum momento pensei que era mais forte que a dor, e nós não somos. Isso para mim foi um aprendizado muito grande. Hoje entendo que temos um limite, e temos que respeitar esse limite. Lembro de chegar em casa depois de jogos destruído, quando acordava e colocava os pés no chão sentia muita dor. Não podia abraçar meu filho, não podia pegar no colo, não podia sair com minha esposa, com minha família. Não era a vida que eu queria. Aguentei até o final, onde, junto com o DM, decidimos em fazer a artroscopia, para fazer uma limpeza no joelho, para voltar a jogar saudável. Todo o processo de 155 dias foi todo pensando nisso. E eu fui claro ao DM: "Só vou voltar quando me sentir 100%, saudável novamente". Hoje posso dizer que estou saudável. É gratificante.

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Agora o Flamengo viajará à capital cearense para enfrentar o Ceará, neste sábado, às 16h30, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

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