Dorival elogia postura do Flamengo diante do Flu: ‘Tem de querer mais’

Técnico rubro-negro aponta que time se manteve com vontade mesmo com vantagem no placar e salientou boa atuação do atacante Uribe, autor de dois gols

Flamengo x Fluminense
Paulo Sergio/Agencia F8

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O técnico Dorival Júnior, após a vitória do Flamengo por 3 a 0 sobre o Fluminense, neste sábado, elogiou a postura demonstrada pela equipe rubro-negra no decorrer do clássico e explicou o recuo do time após fazer o terceiro gol.

- (Mudança) Comportamental. É querer um pouco mais, saber que pode atingir. O resultado não se constrói com um gol. O próprio 2 a 0 é um resultado perigoso, que, às vezes, coloca a equipe em uma questão de espera. Temos de ter cuidado, não se pode mudar o comportamento. Tem de querer mais. No segundo tempo, depois do terceiro gol, recuamos de maneira estratégica em busca dos espaços que o Fluminense iria proporcionar. Tivemos três ou quatro jogadas que podiam gerar mais um gol.

O treinador aproveitou para ressaltar o tempo de trabalho que vem tendo desde que assinou com o clube da Gávea (ainda não teve jogos durante a semana) e fez elogios ao atacante Uribe, autor de dois gols diante do Tricolor.

- Acho que tempo de trabalho tem sido fundamental, tempo de recuperação. Foram dois jogos (vitória contra Corinthians e Fluminense) e o segundo tempo com o Bahia com qualidade. Essa melhora da equipe eu reputo aos jogadores. Existe o trabalho do treinador, isso é um fato natural, mas reputo muito mais às qualidades da equipe do Flamengo, à tranquilidade. O Uribe vinha sendo disputado por vários clubes. É um jogador de nível. É natural que leve um tempo para adaptação. Tenho confiança (nele) e ele já começa a mostrar isso. Já se sente mais confortável porque também a bola chega. As triangulações estão existindo. A qualidade da equipe prevalecem nestes momentos - afirmou.

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Arão

"É difícil um treinador falar individualmente de jogadores, mas a função que o Arão vem cumprindo é importante. Dá sustentação para o sistema defensivo e apoio no ataque. É um posicionamento importante. Vem tendo uma regularidade boa nessa maneira de atuar. Já fazia isso nas equipes anteriores e no Flamengo. Espero que mantenha isso. Titularidade é relativa. Os jogadores que vão buscando espaço e as coisas acontecem de maneira natural. O treinador tem de interferir o menso possível e dando chances que todos possam participar. Todos sentem que estão e poderão brigar por posição diretamente, cumprindo papel importante"

Pressão

"É uma pressão natural que todas as equipes passam em momento como esse. Quer seja por pontuação para se aproximar dos líderes, quer seja para entrar em uma zona de Libertadores, ou afastar da zona de rebaixamento".

Diego

"Com relação ao Diego, se encontra em fase de transição, vamos analisar durante a semana. É um jogador importante, mas tudo vai acontecer no momento adequado".

Trabalho no Flamengo

"Estou tendo tempo que talvez o Maurício não tenha tido. Eu senti falta desse tempo também na minha equipe anterior. Estamos sabendo aproveitar. Está existindo uma confiança maior, um crescimento dos atletas. Equipe tem jogado com simplicidade. E a atmosfera criada pela torcida, como incentiva, como apoia, carrega o time... Queremos que essa comunhão se intensifique e possamos chegar mais fortes no momento de definição (do campeonato).

Berrío

"É uma arma. A lesão dificuldade, faz com que o jogador demore um tempo maior. Rodada passada, tínhamos seis inscritos, podíamos usar cinco e ele ficou de fora. Contra o Bahia, entraram três. Corinthians, outros três e a equipe manteve a intensidade. Isso que queremos. Flamengo soube se posicionar na marcação e, com a posse de bola, criou chances".

Time mais vertical

"Tive a felicidade de ter essas duas semanas de trabalho. Natural que trabalhos de finalização e infiltração são bem planejados e programados dentro daquilo que percebemos. O próprio Mauricio não teve tempo por conta do calendário. Tivemos essa oportunidade. Corrigimos alguns posicionamentos para que tivéssemos uma aproximação mais rápida. Os meias são fundamentais. Quando a bola chega, tem de estar preparados. Essa mudança é um detalhe que aproximou. As triangulações estão acontecendo com naturalidade maior.

Comemoração dos reservas

"Acho que essa integração que faz com que a gente ganhe uma partida não só com os 11 que entraram, mas com todos. Não existe brincadeira no treinamento, existe seriedade porque sabem que margem de erro é mínima. Temos de estar muito ligados e preparados com todos os detalhes. Todos eles têm contribuído muito para que a gente se recupere no campeonato"

Alas mais usados?

"Estratégia que temos é clara. Trabalhamos a bola de lado, que são virada para que se tenha o mano a mano. Mais com o Vitinho que com o Éverton. Quando é com o Éverton, há a necessidade de mais um homem nesta aproximação"

Como elenco se sente?

"Da mesma forma que estávamos na rodada que assumi. Com tranquilidade, equilíbrio, pé no chão. É um momento decisivo porque temos margem de erro mínima para que esta à frente. Estou feliz com que o time tem apresentado. Essa simplicidade de jogo que temos tido. Equipe está se sentido confiante e tem criado situações que coloque adversário em dificuldade e não crie dificuldade para a gente. Espero manter isso".

Réver passou braçadeira para Cuéllar

"Equipe tem de ter mais de um capitão, alguém que assuma essa condição em momento que apareçam, momentos de dificuldade. Temos alguns jogadores com esse perfil"

Jogar contra 3-5-2

"Jogar com 3-5-2, em razão de ter passado por situações semelhantes, procurei fazer com que a equipe tivesse um jogador mais à frente, procurando jogar entre os zagueiros do lado e da sobra. Com isso, nossos meias flutuassem um pouco mais, obrigando um dos zagueiros de partir para um confronto direto com um dos meias. São situações que têm de ter planejado. Marcelo (Oliveira), no segundo tempo, mudou porque percebeu que estávamos explorando esses três homens".

Paquetá

"Jogador como o Paquetá tem valências importantes, que são equilibradas. Marca bem, abre bem e define como poucos. O De Bruyne, Modric, destaques na Copa... É um jogador que se assemelha muito. (Durante o clássico) Procurei orientá-lo para que se adiantasse um pouco e retornasse em companhia do volante"

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