Da Supercopa ao Brasileirão: erros repetidos não deixam o torcedor do Flamengo sonhar com um final feliz

Atlético-MG marca gols parecidos e expõe problemas do Flamengo mais uma vez em 2022

Arana - Atlético-MG x Flamengo
Guilherme Arana foi decisivo nas partidas entre Atlético-MG e Flamengo em 2022 (Foto: Pedro Souza/Atlético)

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Após decidirem a Supercopa do Brasil, em fevereiro, Atlético-MG e Flamengo voltaram a se enfrentar neste domingo, agora pelo Brasileirão. No intervalo de quatro meses, muita coisa mudou no clube da Gávea - a começar pelo comando técnico -, mas os erros seguem os mesmos. Basta ver os gols sofridos na Arena Pantanal e no Mineirão, em lances similares.

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Os primeiros gols de cada partida têm como semelhança o espaço dado a Guilherme Arana na entrada da área. Na Supercopa, o lateral arriscou o chute, e no rebote de Hugo Souza, Nacho Fernandez abriu o placar. Desta vez, o camisa 13 levantou na área e, após defesa de Diego Alves em cabeçada de Keno, Nacho, de novo, voltou a marcar.

Em fevereiro, naquela que foi uma das melhores atuações com Paulo Sousa na área técnica, o Flamengo conseguiu virar o jogo, mas sofreu o empate em lance construído com paciência pelo Galo. A bola foi ao lado direito, Ademir cruzou e, na segunda trave, Vargas em cima de Rodinei, escorou para o atacante Hulk dominar e chutar forte: 2 a 2.

Neste domingo, alguns papéis se inverteram, mas o contexto foi o mesmo. O Galo, que segue com Turco Mohamed, trocou passes até Mariano, da direita, cruzar buscando Hulk na área. O camisa 7, dessa vez, foi quem, de cabeça, achou Ademir entrando na área, e o final da jogada foi o mesmo: domínio e finalização para estufar a rede do Fla.

No intervalo entre os dois jogos com o Atlético-MG, o torcedor do Flamengo viu o departamento de futebol sair, de vez, dos trilhos: mais uma troca de técnico, problemas na gestão do grupo e atletas rendendo abaixo do esperado. Assim, além dos velhos problemas defensivos - como a bola aérea, a proteção à área e a transição -, o setor ofensivo mostra-se cada vez mais refém de brilhos individuais.

O tempo para Dorival Júnior trabalhar é raro. São três jogos na área técnica e apenas cinco atividades com o grupo completo no Ninho.

Para quarta-feira, quando o Flamengo volta a enfrentar o Atlético no Mineirão, pela Copa do Brasil, o técnico só terá, de fato, um dia para corrigir o que for possível. Dorival explicou como espera trabalhar o time neste curto período. Por mais que o treinador mostre confiança, a esperança do torcedor em um final feliz de temporada para o time parece cada vez menor.

- O principal é mostrarmos aquilo que fizemos de errado, buscarmos as correções no período que teremos de treinamento, que será apenas um. Depois disso, naturalmente, a execução em campo. Nós precisamos mudar e todos sabemos disso. Não podemos só lamentar, temos que buscar soluções para que tenhamos uma partida bem diferente do que fizemos hoje (domingo) - disse Dorival.

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