Cruzeiro fala em ‘sacrifício econômico’ para manter Fábio

A Raposa emitiu um comunicado, se posicionando pela primeira vez após a grande repercussão da saída do goleiro do clube mineiro

Fabio, ao lado do presidente Sérgio Santos Rodrigues, já recebeu uma camisa em alusão aos 1000 jogos que está perto de completar com a camisa azul
Fábio estava na expectativa de completar 1000 jogos com a camisa celeste em 2022-(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

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O Cruzeiro se pronunciou de forma oficial sobre a saída do goleiro Fábio do clube após 16 anos na Raposa. No comunicado, o time mineiro dá sua versão para não renovar com o goleiro, que queria encerrar a carreira ficando mais um ano na equipe celeste.

Com 976 jogos pela Raposa, sendo o atleta com mais jogos na história do clube , não estará no elenco de 2022, encerrando assim, sua rica trajetória no time azul.
O arqueiro, de 41 anos, postou em suas redes sociais, um comunicado relatando que a atual diretoria, comandada por Ronaldo Fenômeno, não quis seguir com o seu trabalho nesta temporada.

Fábio relatou que fez de tudo para ficar, inclusive aceitando reduzir seu salário, mas que não houve um tratamento respeitoso com ele e nenhum interesse em sua permanência.

O jogador teve uma reunião com a nova diretoria da Raposa, na terça-feira, 4 de janeiro, porém, não houve um acordo entre as partes para para a permanência do arqueiro, maior ídolo do clube na história recente.

Houve uma renovação do seu contrato no fim de 2021 para mais uma temporada, mas com a nova gestão, todos os acordos estão sendo revisados para atender um teto salarial que o Cruzeiro pretende trabalhar daqui para frente.E, segundo o goleiro, mesmo aceitando reduzir o teto, não houve intenção na renovação do seu vínculo, que se encerrou em dezembro do ano passado.

Cruzeiro faz postagem de homenagem e gera revolta da torcida

A confirmação da saída de Fábio da Raposa não foi por nota oficial do clube mineiro. E sim, em postagens nas redes sociais do time celeste, que celebrou os anos do goleiro, que, em duas passagens, 2000, e de 2005 em diante, fez história com a camisa cruzeirense.


Nas redes sociais, muitos torcedores indicaram sua revolta prometendo cancelar o sócio-torcedor como forma de protestar pela saída do ídolo.


Confira o comunicado na íntegra

O Cruzeiro esclarece à sua torcida pontos importantes sobre a não renovação do goleiro Fábio. É fundamental lembrarmos que o Cruzeiro tem um desafio imenso de reorganização que precisa ser planejada e executada considerando a sobrevivência da entidade. Nesse sentido, a reestruturação precisa ocorrer em diversos campos: financeiro, organizacional, administrativo e, claro, esportivo. Muitas decisões não são populares mas precisam ser adotadas.

O projeto esportivo que vem sendo implantado considera critérios técnicos e a constituição de um plano de longo prazo para a instituição. As decisões no Departamento de Futebol visam a construção de uma equipe competitiva, sustentável e que esteja a altura da grandeza do clube. Foi exatamente um projeto nessas condições que foi apresentado ao goleiro de 41 anos, que o negou.

A proposta respeitava também a imprescindível responsabilidade econômica da entidade. Necessário ressaltar que, ainda assim, sendo Fábio o ídolo que é, um importante sacrifício econômico foi feito. Foi oferecido ao jogador um contrato que certamente extrapolava o razoável para um clube publicamente deficitário. Os termos desta proposta não foram aceitos pelo atleta e seu agente.

O Cruzeiro, desde o início e com enorme respeito, deixou claro que a proposta respeitava sua relevância e admirável história de 18 anos no clube. Fundamental esclarecer que o desejo do Cruzeiro era de ampliação de vínculo, embora não pelo mesmo prazo desejado pelo atleta. A proposta era de que Fábio pudesse, em campo, ao longo do Campeonato Mineiro, se despedir da torcida como ele e a própria torcida merecem. Inclusive, o Cruzeiro segue aberto para que inúmeras homenagens extracampo aconteçam.

Não é mais possível aceitar um perfil de administração que fez tantos clubes chegarem a um cenário de inviabilidade. O Cruzeiro tem clareza de que não há outra forma de manter a história de um dos maiores clubes de futebol do mundo que não seja com uma gestão responsável, com colaboradores e atletas que estejam plenamente alinhados a esse pensamento.

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