Diretores do Corinthians citam ‘única saída’ na rescisão de Jô: ‘O que ele cometeu é muito grave’

Atacante teve o contrato rescindido, em comum acordo, após ser flagrado em pagode durante jogo do Timão e faltar a treinamento no dia seguinte

Roberto de Andrade e Alessandro
Roberto de Andrade Alessandro Nunes concederam coletiva no CT (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

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Nesta sexta-feira (10), o diretor de futebol do Corinthians, Roberto de Andrade, e o gerente de futebol, Alessandro Nunes, concederam entrevista coletiva no CT Joaquim Grava. Um dos tópicos abordados foi a rescisão contratual, em comum acordo, do clube com o atacante Jô.

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O diretor de futebol do Timão explicou que a única conversa entre o centroavante e os dirigentes foi feita através de uma ligação telefônica. Roberto ressaltou que partiu do centroavante a decisão de encerrar o vínculo, e o clube alvinegro irá pagar o que deve ao atleta, que chega na casa de R$ 3,5 milhões.

- Todos sabem o que aconteceu. Fomos informados pelo vídeo também. Única conversa com ele foi pelo telefone. Ontem, quem veio ao CT foram os representantes dele. Demonstramos que não tínhamos outra saída a não ser a rescisão do contrato. Todos sabem que a rescisão depende mais do atleta, por que o clube não tem o poder de fazer a rescisão sem ser onerado, tem que pagar. Nessa conversa, mostramos que a situação ficou insustentável pela atitude dele perante ao grupo, torcida e todos. Vamos pagar o que tem que pagar e ele abre mão daqui pra frente - afirmou Roberto de Andrade.

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O gerente de futebol do clube alvinegro disse que o que ocorreu foi "muito grave", e afirmou que a instituição não compactua com esse tipo de situação. Alessandro fez questão de agradecer ao atleta pelos serviços prestados.

- Decisão foi tomada em comum acordo. O que ele cometeu é muito grave. Página virada. Temos gratidão tamanha por tudo o que prestou. O que representou no campo ele fez o que deveria. A decisão é voltada em uma conduta profissional. Precisamos que os atletas cumpram os seus deveres e obrigações. Temos temporada significativa, queremos resultados, e tudo o que for feito fora do trabalho e afeta no dia do jogo. Corinthians precisa seguir a vida, não ficar dependente de um atleta. Desejo, gratidão e desejo que ele siga sua carreira como atleta, mesmo com a idade mostra que pode performar - comentou Alessandro.

O gerente de futebol disse que Jô vinha de uma melhora física e técnica na temporada até a lesão no pé esquerdo durante o empate por 1 a 1 com o Always Ready. Ele falou que, como o caso do atleta foi reincidente, não havia outra decisão a ser tomada.

- O Jô vinha jogando até tomar uma pancada na perna e ficar fora dos últimos jogos. Todos nós sabemos o quanto ele evoluiu, principalmente no aspecto físico, emagreceu, se colocou em melhor condição para performar em campo, e assim aconteceu. Ele vinha jogando bem, mas estava com um problema físico, e todos sabem que quando um atleta tem um problema médico, a carga horária dele é dobrada. Os treinamentos são diários, o trabalho no departamento médico, é o dia todo, são dois turnos. Houveram algumas ausências, ele foi punido. O que ocorreu agora culminou com a rescisão - afirmou.

Com um centroavante a menos no elenco, Roberto disse que os treinos irão determinar quais garotos da base poderão preencher a vaga até a abertura da janela, na metade de julho.

- A oportunidade está dada, temos diversos meninos treinando conosco, e os treinamentos irão mostrar quem pode ser o centroavante do Corinthians - comentou o diretor de futebol

Por fim, Alessandro revelou que Vítor Pereira não teve participação na decisão da rescisão contratual. Ele foi avisando da situação e comunicado pela diretoria da decisão tomada.

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