Corinthians e Caixa pedem suspensão do processo por dívida da Neo Química Arena mais uma vez

As partes protocolaram juntas uma petição pedindo a suspensão por mais 90 dias para que cheguem a um acordo extrajudicial. É a quinta vez que isso é pedido desde a execução

Arena Neo Quimica
Corinthians e Caixa pediram mais uma vez a suspensão da execução da dívida(Foto: Reprodução/Twitter Corinthians)

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Na última semana, Corinthians e Caixa solicitaram juntos na Justiça a suspensão da execução do processo que cobra do clube a dívida pelo financiamento da Neo Química Arena. A ideia é ganhar mais tempo para que as partes entrem em acordo amigável de forma extrajudicial. Foi a quinta vez que essa petição foi pedida. A informação é do GE e do Meu Timão.

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Dessa vez, porém, a solicitação é por um período maior: de 90 dias. Enquanto em outras ocasiões o máximo de tempo pedido foi de 60 dias. A primeira suspensão ocorreu no fim de novembro de 2019, pouco mais de dos meses depois da execução da dívida do Timão com o banco estatal.

Assim como das outras vezes, o pedido deve ser atendido pela Justiça, já que ambas as partes apontam para o desejo de resolver o entrave de forma amigável e sinalizam com avanços recentes nas negociações. A última solicitação desse tipo aconteceu em agosto deste ano.

Há uma discordância entre Corinthians e Caixa a respeito do valor da dívida, que é de R$ 536 milhões nas contas do banco. O Timão alega que o valor é de R$ 487 milhões e entende que há uma multa abusiva. Por isso negocia o abatimento de parte dessa quantia e uma nova forma de pagamento. Vale lembrar que o empréstimo inicial, feito em julho de 2012 e aprovado pelo BNDES, foi de R$ 400 milhões, mas aumentou por conta dos juros e correções.

A expectativa é de que o acordo do naming rights da Neo Química Arena seja um ponto favorável para o clube nessa negociação. Os R$ 300 milhões pagos em 20 anos serão destinados para a Caixa a fim de pagar parte dessa dívida do estádio. Além disso, o Timão argumenta a dificuldade de pagamento por conta da crise trazida pela pandemia de coronavírus, principalmente por não poder receber público em Itaquera, ou seja, a renda da bilheteria não tem entrado.

Ao mesmo tempo, o Corinthians aguarda a conclusão do processo de recuperação judicial da Odebrecht para resolver a parte da divida do estádio que cabe à empresa. A intenção de Andrés Sanchez é sanar essas duas questões até o dia 28 de novembro, data das eleições no clube.

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