Baixa produção ofensiva escancara problemas dos centroavantes no Corinthians

Após a derrota para o Cuiabá, Timão chegou ao sexto jogo consecutivo sem marcar dois ou mais gols em uma partida

Treino Corinthians - Jô e Vítor Pereira
Jô foi flagrado em pagode enquanto o Timão era derrotado pelo Cuiabá (Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)

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Na derrota por 1 a 0 diante do Cuiabá, pela décima rodada do Brasileirão, o Corinthians teve apenas nove finalizações. A baixa produção ofensiva contra o Dourado ajuda a entender porque o Timão tem a menor média de chutes por jogo do Brasileirão, 8,2, de acordo com o Footstats.

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O número chama atenção, tendo em vista que Vítor Pereira chegou sob a premissa que implantaria um estilo de jogo ofensivo, priorizando a posse de bola e pressão no campo do adversário.

O poder ofensivo da equipe é um dos elos fracos do clube alvinegro neste ano. Em 2022, O Time do Povo teve o seu pior ataque em uma fase de grupos da Libertadores, com apenas cinco gols, superando a campanha de 1991, quando anotou sete gols.

Além disso, contra o Cuiabá, o Corinthians chegou ao sexto jogo consecutivo sem marcar dois ou mais gols em uma partida. A última vez em que o Timão balançou as redes duas vezes em um jogo foi no dia 14 de maio, no empate por 2 a 2 com o Internacional, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

Dos 42 gols marcados pela equipe na temporada, 12 foram anotados por Róger Guedes, Jô e Júnior Moraes, os atletas que mais desempenharam a função de centroavante no time. Dessa forma, 28% dos gols do Corinthians no ano vieram dos pés dos três centroavantes.

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Após a divergência pública entre Vítor Pereira e Róger Guedes, o treinador corintiano vem utilizando o camisa 9 de forma mais centralizada na ausência de Jô, mesmo o atleta tendo declarado publicamente o desejo de atuar como ponta pela esquerda.

Róger está há nove partidas sem balançar as redes, sua maior seca no clube do Parque São Jorge, mesmo sendo titular nas últimas três ocasiões. A última vez que o atacante marcou foi na segunda rodada do Brasileirão, no dia 16 de abril, quando anotou um hat-trick diante do Avaí.

Antes de sofrer um trauma no pé esquerdo no empate por 1 a 1 com o Always Ready, Jô havia se consolidado no comando de ataque corintiano, perdendo peso para entrar em forma e reconquistando a confiança de Vítor após não aparecer em dois treinamentos no fim de março, enquanto tratava uma lesão na coxa esquerda.

Contudo, o camisa 77 decepcionou mais uma vez a comissão técnica e diretoria alvinegra ao ser flagrado em um pagode enquanto o Corinthians perdia para Cuiabá no Brasileirão. O caso se tornou ainda mais grave pois o atacante não compareceu ao CT Joaquim Grava no dia seguinte, e o atleta inclusive não justificou a sua ausência.

Em março, após o primeiro incidente de Jô, Vítor Pereira disse esperar uma conduta profissional do atleta, e que ele não poderia errar novamente.

- O Jô tem que aprender que é preciso conduta profissional. Jogador experiente, espero que ele tenha aprendido com a situação e não volte a acontecer. Costumamos dizer que na vida podemos errar, mas duas não podem acontecer - afirmou Vítor em março.

Com Jô na berlinda e Róger Guedes tendo dificuldades para marcar, a terceira opção para a posição é Júnior Moraes. O atacante de 35 anos soma 546 minutos disputados, tem apenas um gol marcado e ainda não engrenou no Corinthians. Seu único gol foi na vitória por 2 a 0 contra a Portuguesa-RJ, pela terceira fase da Copa do Brasil.

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