Presidente do sindicato de atletas critica postura de Dedé e Paquetá

Rinaldo Martorelli questiona os jogadores por aceitarem jogar pela Seleção e pelos clubes em menos de 66 horas

Treino da Seleção Brasileira - Paquetá
O meia do Fla deve estar em campo contra o Timão nesta  quarta-feira- Lucas Figueiredo/CBF

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A convocação do zagueiro Dedé, do Cruzeiro, e do meia-atacante Lucas Paquetá, do Flamengo, ainda gera controvérsias. Primeiro por desfalcar os seus clubes em um momento chave da temporada, pela disputa da semifinal da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, 12 de setembro.

Agora, o retorno dos dois criou nova celeuma. Desta vez é com o sindicato dos jogadores profissionais de futebol. Mineiros e cariocas fretaram um avião para trazer os dois atletas da Seleção Brasileira, mais o volante Cuéllar, que está com a seleção colombiana.

O sindicato alega que jogar pela Seleção Brasileira e entrar em campo por seus times na quarta, fere a legislação de descanso de no mínimo 66 horas entre as partidas.

O Presidente do Sindicato Nacional dos Atletas Profissionais, Rinaldo Martorelli diz que a atitude dos clubes fere a segurança dos atletas como trabalhadores, mas critica também os jogadores por aceitarem essa situação imposta pelos seus empregadores.

- O nosso trabalho é evitar esse tipo de situação. Sempre queremos que os jogadores tenham sempre um intervalo de pelo menos 66 horas entre os jogos, tendo uma recuperação adequada. Atuamos de forma coletiva, mas individualmente também. O cara tem que querer. Essa discussão começou lá atrás, quando o Santos mandou buscar o Neymar depois de um amistoso da Seleção. Eles aceitando essa condição é uma pena, a gente não pode fazer nada além de lamentar que as coisas sejam assim, disse Rinaldo Martorelli.


A CBF exigiu que Cruzeiro e Flamengo assinassem um termo de responsabilidade para contarem com seus convocados, se isentando de quaisquer responsabilidades médicas. Rinaldo Martorelli culpa os dirigentes e a CBF pelo calendário massacrante.

- A gente não se opõe a que os clubes disputem competições paralelas como Brasileiro, Copa do Brasil e Estadual. Mas que não desrespeitem o intervalo mínimo para que se tenha prevenção quanto a possíveis lesões. Infelizmente. Os dirigentes não têm uma percepção da necessidade de um calendário organizado para todo mundo. Aí, todo mundo perde com isso, concluiu.

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