Atuação controvérsia e críticas do Corinthians: a estreia do árbitro Matheus Candançan em clássicos

Profissional de 23 anos teve arbitragem decisiva para o resultado do Dérbi entre Palmeiras e Corinthians, e foi muito criticado, principalmente do lado corintiano

Palmeiras x Corinthians
Candançan tem 23 anos e nunca havia apitado um clássico na categoria profissional (Foto: César Greco)

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Uma decisão da Federação Paulista de Futebol deixou os torcedores de Palmeiras e Corinthians temerosos antes do clássico realizado nesta quinta-feira (17), pela sexta rodada do Campeonato Paulista: a escalação do garoto Matheus Delgado Candançan, de apenas 23 anos, para a apitar a partida. 

Foi a estreia do profisisonal em confrontos diretos entre rivais de São Paulo, e justamente em um Dérbi, que terminou com vitória palmeirense por 2 a 1. 

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E as decisões do dono do apito foram fundamentais na construção do placar. Foram dois pênaltis marcados, um para cada lado, na vitória palmeirense por 2 a 1, no Allianz Parque. Ambas as cobranças foram convertidas, mas a favorável ao Verdão gerou polêmica e controvérsia. 

Aos 27 minutos do primeiro tempo, o meia Danilo invadiu a área, se enroscou com Gil e caiu. Inicialmente, Matheus, que estava próximo à jogada, não deu pênalti, mas foi alertado pela arbitragem de vídeo, do experiente José Cláudio Rocha Filho, que possui credenciais Fifa para operar o VAR, a revisar o lance, na sequência e marcar a penalidade, que foi convertida por Raphael Veiga. 

De acordo com a opinião da reportagem, a confirmação do pênalti foi acertada, já que, embora Danilo exagere na queda, o braço de Gil vai ao ombro do meia palmeirense, fazendo a carga.

Ainda assim, a jogada é minimamente duvidosa, e a recomendação do uso do VAR está em erros claros, o que não foi o caso. Talvez a escalação de um árbitro mais experiente fizessem com que o profissional assumisse a sua decisão de campo, sem monitorar o vídeo. Como Matheus tem 23 anos e apitou seu primeiro clássico na carreira, a decisão dele foi de consultar a arbitragem de vídeo. 

Houve reclamação palmeirense no lance do pênalti a favor do Corinthians, cometido por Murilo em Róger Guedes, aos 14 minutos do segundo tempo, mas foi muito menor, já que a falta dentro da área foi claríssima. Matheus estava novamente em cima do lance, e dessa vez apitou no campo. A bronca dos palestrinos estava em uma possível falta na origem da jogada, o que também não aconteceu. 

Contudo, antes de assinalar uma penalidade ao Timão, Matheus foi pressionado pelos corintianos antes da descida dos jogadores e membros da comissão técnica ao vestiário. 

O técnico Vítor Pereira colocou o dedo em riste em direção ao trio de arbitragem, e o lateral Fábio Santos, que ficou apenas no banco de reservas, mas é uma das lideranças do Timão, reclamou da falta de critério na apresentação de cartões. Foram cinco amarelos distribuídos no jogo, sendo quatro para o Corinthians (Fagner, Gil, Lucas Piton e Willian) e um para o Palmeiras (Zé Rafael). 

E foi o no cartão ao camisa 8 palmeirense o único momento em que Matheus Delgado Candançan escutou xingamentos em coro da torcida palmeirense. 

Novamente, segundo a reportagem do LANCE!, a atuação de Candançan não foi boa. Faltou critério na marcação de falta, e há concordância ao lado corintiano que também reclama do método para a distribuição dos cartões.

Mas mais que os erros da atuação do árbitro em si, vejo falha maior da Federação Paulista de Futebol em escalar um profissional inexperiente para apitar um jogo da magnitude de um Palmeiras e Corinthians, sem preparação prévia.

O máximo que Matheus havia apitado de uma partida com rivalidade foi o clássico entre São Paulo e Palmeiras, na Arena Barueri, pela semifinal da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro. 

A FPF tem mostrado nesta edição do Campeonato Paulista que deseja rodar os seus árbitros em jogos grandes, não ficando apenas no seu trio Fifa, formado por Flávio Rodrigues de Souza, Luiz Flávio de Oliveira e Raphael Claus.

Nomes como Thiago Luis Scarascati e Douglas Marques das Flores, que não possuem a chancela internacional, mas que há pelo menos dois anos são tratados como revelações da arbitragem paulista, antes de serem escalados para comandar clássicos foram quarto árbitros e até mesmo operaram o VAR em jogos de rivalidade acirrada, como o Palmeiras e Corinthians, diferentemente de Matheus Delgado Candançan.

Até mesmo Edina Alves Batista, que também possui a chancela Fifa, mas que estava na 'geladeira' por conta de uma falha em uma partida entre Novorizontino e São Paulo, voltou aos clássicos nessa temporada, em um SanSão. 

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