Honda se mostra animado com o Botafogo: ‘Faminto para aprender’

Japonês fica feliz por ser capitão do Alvinegro, acredita que pode contribuir para o sucesso da equipe, mas afirma que ainda tem muito o que a aprender com o futebol brasileiro

Honda - Botafogo
Keisuke Honda em ação pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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Keisuke Honda vai se habituando ao Brasil dia após dia. Uma das principais contratações do Botafogo para a temporada, o japonês vive a expectativa de disputar o primeiro Campeonato Brasileiro da carreira. Apesar dos 33 anos e experiência em cinco países diferentes, o meio-campista afirmou, em entrevista à BotafogoTV, que quer aprender com o futebol tupiniquim.

- Ainda não sei tudo sobre o Campeonato Brasileiro. Todos me disseram que o calendário é muito difícil de ajustar. Um país grande, com diferentes temperaturas, tempo curto. Paulo (Autuori) me disse: “Eu acho que nós precisamos de mais do que 11 jogadores porque do contrário não conseguiremos jogar bem durante toda a temporada, essas condições são bem difíceis”. Estou aprendendo sobre o futebol brasileiro, porque o Brasil é o melhor do mundo. Vi grandes jogadores no Milan, no CSKA e nos times que enfrentei. Gostei de aprender. Você perguntou o que posso contribuir, mas penso que posso adquirir experiência no futebol brasileiro. Estou faminto para aprender e quero me aperfeiçoar até esse momento - afirmou.

O camisa 4 vem atuando como volante no esquema do treinador de Paulo Autuori. Acima de qualquer coisa, Honda acredita que o Botafogo precisa desenvolver um estilo de jogo e espírito coletivo para aspirar boas condições na classificação do Campeonato Brasileiro.

- Acho que o melhor que posso contribuir é a minha experiência. Acho que há quem tenha boa técnica e bom físico. Mas o futebol deveria ser mais organizado. Ninguém consegue vencer sozinho. Temos que saber como ganhar o jogo como um time, e não sozinho, individualmente. É importante sabermos que devemos entender o que fazer. Qual é a nossa estratégia? Podemos perder para um time forte, mas não quero perder para um time mais fraco que nós. Então, isso quer dizer que eu tenho que falar com os outros jogadores que não entendem esse método, o que eu penso e o Paulo pensa. Essa é minha tarefa. Nós temos que jogar constantemente com a mesma qualidade em toda a temporada. Assim eu acho que posso ajudar o time - colocou.

O japonês elogiou a parceria com Caio Alexandre no meio-campo e acredita que o brasileiro deve jogar mais solto no setor. Por não dominar a língua portuguesa, Honda acredita que pode ajudar, pelo menos, na postura dos companheiros dentro de campo.

- Sinto que estou orgulhoso de mim mesmo por ser o capitão de um dos maiores e mais tradicionais clubes do Brasil. Especialmente por ser estrangeiro. Por outro lado, tenho que descobrir como posso ajudar o time como capitão, porque não falo português. Posso ajudar com conduta e algumas poucas palavras. Sempre procuro as melhores palavras para o time. Em campo, com Caio (Alexandre) e outros jovens jogadores, não deveriam pensar muito no jogo coletivo. Pela qualidade deles e pelas características deles, eles precisam jogar soltos quando conseguem a bola. E, sabe, eu deveria ver a ação deles primeiro e quero ajustar o que é melhor para o time. É por isso que, até agora, estou mais balanceado com o Caio. Pela qualidade e estilo, ele deveria jogar mais livre. Acho que essa é a maneira dele jogar e tenho atuado bem o Caio até agora. Acredito que podemos melhorar. Espero que possamos jogar melhor, ser melhores que no ano passado - analisou.

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