Gatito Fernández ressurge como protagonista em vitória do Botafogo e afasta insegurança na meta

Gatito Fernández fez defesas difíceis no clássico contra o Flamengo e foi o responsável por segurar o placar para o Botafogo no Mané Garrincha

Flamengo x Botafogo - Gatito Fernández
Gatito vinha sofrendo com lesões nas últimas temporadas mas retomou a sequência (Vítor Silva/Botafogo FR)

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A vitória do Botafogo sobre o Flamengo, no último domingo, teve um quê de heroísmo. Um personagem já conhecido da torcida alvinegra, mas que não vivia seus melhores dias, retomou o protagonismo em campo: Gatito Fernández. O goleiro, que ficou fora de alguns jogos por contusões, ressurgiu como o pilar defensivo do Glorioso. Mesmo sob pressão no Mané Garrincha, ele fez defesas difíceis durante os 90 minutos e segurou o placar conquistado pelo gol de Erison. Após meses de indefinição acerca da posição, a atuação de gala do paraguaio no clássico é um alívio.

Aos 34 anos, Gatito reúne os pontos positivos e negativos da experiência no futebol. Por um lado, o goleiro tem boa leitura dos atacantes adversários, e não raramente fecha o ângulo na hora da finalização, ou se estica para espalmar uma bola que todos davam como certa de estufar a rede. Nos pênaltis, é reconhecido pelo desempenho acima da média. Contudo, a habilidade não o livrou de sentir as lesões causadas pelo tempo e pela árdua tarefa da posição.

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Nas últimas temporadas, o goleiro sofreu com a quebra de sequência. No Botafogo, na segunda metade de 2020, Gatito teve um edema ósseo no joelho, o que não pareceu grave no momento. Convocado pela Seleção Paraguaia após a recuperação, ele viu a lesão ser agravada por uso de medicamentos e excesso de esforço. Assim, ficou fora da reta final do Brasileirão daquele ano, que terminou com o Glorioso rebaixado para a Série B. Apesar dos rumores da saída do jogador, ele continuou na equipe mesmo tendo propostas de clubes da Série A. 

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Em 2021, as condições do joelho de Gatito pioraram, inviabilizando sua participação durante a campanha que garantiu o acesso do Alvinegro para a primeira divisão. O caminho parecia seguir para um encerramento de contrato, mas o clube decidiu renovar com o arqueiro. Nesta temporada, o paraguaio iniciou como titular e foi bem, mas teve a sequência interrompida novamente em abril, quando sentiu dores no joelho. Porém, nenhuma lesão foi detectada e ele foi liberado para voltar a atuar. 

Ainda que Gatito transmita segurança em quase todos os jogos, a vitória sobre o Flamengo foi especial. De 12 finalizações, o goleiro salvou o Botafogo sete vezes, e tirou mais cinco chutes no perímetro da meta. No primeiro tempo e nos minutos finais da partida, quando o Rubro-Negro dominou a partida, ele ficou sozinho com atacantes adversários algumas vezes. E em nenhuma delas falhou. Os dados são do site "SofaScore". 

O desempenho já seria o suficiente para dizer que Gatito foi o herói do Mané Garrincha, que não ironicamente carrega o nome do maior ídolo da história do Alvinegro. Porém, a atuação do goleiro foi além ao contar uma trajetória de superação, daquelas que apenas o esporte pode proporcionar sem que palavras sejam ditas. Discreto, o paraguaio resistiu à provocações, lesões e indefinições sobre a própria carreira, para retornar seguro, experiente e cada vez mais Glorioso. Se havia dúvidas sobre a sua capacidade de retomar os dias de protagonismo, estas se encerraram no último domingo. 

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