Botafogo: com dívida de R$ 50 milhões, CEO visa Nilton Santos além do futebol para atrair naming rights

Ao LANCE!, Jorge Braga afirmou que companhias estão observando situação do estádio, mas clube tem pouco tempo de concessão e dívida milionária

Nilton Santos
Estádio Nilton Santos é a casa do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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O Estádio Nilton Santos é um dos principais ativos do Botafogo, mas o local não vem rendendo lucro para o clube há anos. O Alvinegro, inclusive, possui uma dívida com a empresa que toca a concessão do local. O cenário gera dificuldade para criar novas alternativas à arena.

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Existem dois problemas envolvendo o estádio: a concessão junto à Prefeitura do Rio de Janeiro, válida até o fim de 2031, e uma dívida milionária. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o CEO do Botafogo, Jorge Braga, revelou que um dos principais focos da gestão é cuidar da questão envolvendo o Nilton Santos.

 – Como tudo no Botafogo, o Nilton Santos tem uma dívida e um problema jurídico. A concessão do estádio está no nome da Companhia Botafogo, essa empresa tem uma dívida de 49 milhões de reais e a concessão termina em 10 anos. Desde que a gente chegou aqui trabalhamos para rentabilizar custos.  O Nilton Santos é um estádio poliesportivo, mas está em uma localização com poucas alternativas, fui criado ali no Encantado, bairro próximo, sei a carência que a região tem. Para fazer um investimento grande é preciso de mais tempo. Com naming rights, nenhum investidor coloca nome em uma propriedade se não puder usá-la por 20 anos - afirmou Jorge.

Jorge Braga
Jorge Braga, CEO do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

Como tornar o estádio mais rentável? Para Jorge, o Botafogo não pode aproveitar o espaço apenas com futebol, o que renderia mais dinheiro aos cofres do clube. Apesar das dificuldades, o CEO acredita que o Alvinegro conseguirá reverter o cenário.

– Temos a dívida muito grande e a concessão, trabalhamos para resolver as duas coisas. Estamos discutindo com a Prefeitura alternativas de mudar o escopo do estádio para que não seja focado só em futebol, mas que possa receber shows, ter restaurantes, escolas, mudar a destinação original dele e atrair investimento. Temos parceiros interessados, mas preciso de mais tempo de concessão e equacionar a dívida para viabilizar isso. Não adianta o cara investir e largar de menos R$ 50 milhões, preciso garantir que ele não vai ficar com as dívidas do estádio. A gente tem trabalhado nisso desde que eu cheguei, está bem encaminhado, não vou prometer nada porque não gosto disso, mas entendemos que o Nilton Santos tem muita oportunidade para a região, futebol e Botafogo - completou.

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