Augusto Inácio ataca dirigentes do Avaí e futebol brasileiro; clube rebate

Comandante português falou sobre a falta de apoio dos diretores, que contaram bastidores do convívio entre comissão técnica e elenco

Augusto Inácio
Augusto Inácio não desenvolveu um bom trabalho no Avaí (André Palma/Avaí)

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A saída de Augusto Inácio continua dando o que falar dentro do Avaí. Ao desembarcar em Portugal, o comandante conversou com o conceituado jornal ‘A Bola’ e disparou contra os dirigentes do Leão e futebol brasileiro.

Sem papas na língua, o treinador criticou o estilo de vida dos companheiros e ainda vê o Flamengo muito superior aos outros times.

- O futebol brasileiro é uma pistola com uma bala lá dentro e uma roleta russa. No Brasil é mais para morrer do que para sobreviver. No início é tudo uma maravilha, dizem que estão conosco, mas é tudo mentira - disparou.

- O futebol brasileiro precisa de investidores para elevar o nível. O Flamengo está em patamar diferente, o Jorge Jesus tem razão, mas os calendários são um assassinato aos jogadores e aos treinadores - completou.

Futuro

De acordo com Augusto Inácio, assim que deixou o Avaí, ele recebeu uma proposta para trabalhar no futebol africano, mas não sabe se vai aceitar.

- Assim que rescindi o contrato um empresário me propôs uma seleção africana, não sei como estão as coisas. Não sei se irá para frente ou não. Vou levar comigo esta experiência no Brasil. Sempre vou morrer com os meus pensamentos do que morrer esfaqueado pelos outros - finalizou.

Resposta do clube

Assim que soube das declarações do comandante português, o time de Santa Catarina resolveu responder através de Marquinhos Santos, homem forte do futebol do Leão. Na conversa com a imprensa, ele criticou a postura do treinador nas coletivas e a falta de tato para lidar com o elenco.

- Participamos da pré-temporada e acompanhamos o trabalho diariamente. Foram vários fatores que ocasionaram a demissão. O único que não ocasionou foi o resultado. Trabalhamos em cima de um planejamento, não víamos evolução na equipe. O clássico não se ganha com planejamento, sim com coração. Ele não sabia como era, mas nos ouviu e entendeu como o clássico era jogado -  afirmou na coletiva.

- As entrevistas pesaram muito no vestiário. Primeira coisa que falei pro Diogo 'sorte dele que não sou mais jogador'. Todo mundo já me deu bronca, mas era 'teti-a-teti', no vestiário, não tem que ficar expondo nada. Não é questão de eu ganho e vocês perdem, mas o treinador é o menos culpado pela derrota, os jogadores 70%, e o treinador 30%. Mas é claro que a repercussão depois das entrevistas atrapalha muito no vestiário e nós tivemos que intervir, falando com os jogadores, pedindo para eles entenderem. O ambiente agora está maravilhoso, e tomara que possamos ter um 2020 tranquilo e com vitórias -  concluiu.

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