Rodada decisiva pode evitar final ‘previsível’ da Superliga feminina

Vitória do líder Rexona-Ades sobre o Vôlei Nestlé, se combinada com triunfo do Camponesa/Minas sobre São Bernardo, garantiria duelo entre favoritos na semi

Rexona x Vôlei Nestlé
No primeiro turno da Superliga, Rexona levou a melhor sobre o Vôlei Nestlé (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

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Quis o destino que a última rodada da fase classificatória da Superliga feminina de vôlei colocasse os dois principais favoritos ao título do campeonato à beira de uma situação inédita na histórica rivalidade, que já dura 12 anos.

Uma vitória do Rexona-Ades sobre o Vôlei Nestlé nesta sexta-feira, às 21h30, no Ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro, combinada com outro resultado, elimina qualquer chance de uma nova final entre Rio e Osasco (SP), cidades que protagonizaram dez das últimas 11 decisões.

Caso o líder Rexona (57 pontos) vença por qualquer placar e o Camponesa/Minas, que tem 46, confirme o favoritismo contra o eliminado São Bernardo, as mineiras asseguram o terceiro posto. O Vôlei Nestlé (47) ficaria uma posição abaixo, e pronto: a final mais previsível do vôlei brasileiro estaria descartada. Isso porque, na semi, o primeiro encara o quarto, enquanto o segundo pega o terceiro.

O cenário parece provável. Em dois encontros entre Rexona e Nestlé nesta temporada, o time do Rio venceu todos (3 a 0 no primeiro turno da Superliga e 3 a 1 na semifinal da Copa Brasil). Mas como no esporte tudo pode acontecer, os envolvidos preferem evitar fazer prognósticos.

"Há quem ache que nós iremos entregar o jogo para pegarmos o Minas (na semifinal), mas nós não escolhemos adversário" - Gabi, ponteira do Rexona

– Seria inédito. Uma final antes da final. Há quem ache que nós iremos entregar o jogo para pegarmos o Minas (na semi), mas contra elas também seria dificílimo. Não pensamos em entregar e não escolhemos adversário – afirmou a ponteira Gabi, do Rexona-Ades, ao LANCE!.

Desde 2004, quando começou a rivalidade, os times carioca e paulista só não se enfrentaram pelo título uma vez, em 2013/2014. Na ocasião, o Sesi-SP perdeu a taça para o Rexona, após despachar o Vôlei Nestlé (então Molico/Osasco) na fase anterior.

Na atual edição, o time de Bernardinho dominou a primeira fase e assegurou a liderança por antecipação. Foram 20 vitórias e um revés (para o Bauru). O Nestlé, do técnico Luizomar de Moura, tem 16 triunfos e cinco derrotas, e está em terceiro.

– O principal foco é ganhar para manter o terceiro lugar. Um bom resultado será importante para o crescimento da equipe – disse a central Thaisa, do Vôlei Nestlé.

Pinheiros e São Caetano fazem ‘decisão’ no ABC

A rodada não será importante só para os favoritos. Das oito vagas das quartas de final, sete já têm dono. A última será definida nesta sexta-feira por Pinheiros/Klar e São Cristóvão Saúde/São Caetano, que se enfrentam às 21h30, no Ginásio Lauro Gomes, em São Caetano do Sul (SP).

O time da capital paulista, que no primeiro turno levou a melhor por 3 a 1, aparece em oitavo, com 25 pontos, enquanto a equipe do ABC ocupa a nona colocação, com 23. O Pinheiros pode até perder por 3 a 2.

Quem avançar vai encarar o Rexona na próxima etapa.

Com a palavra

"Dez pontos de diferença é um abismo"

Daniel Bortoletto
Colunista de vôlei do LANCE!

Dez pontos de diferença. Pode-se até chamar de abismo a distância entre Rexona-Ades e Vôlei Nestlé nesta fase de classificação da Superliga.

Um número raramente visto em mais de uma década de rivalidade entre os times do Rio e de Osasco e que traz um ingrediente especial para o duelo de hoje.

De um lado, estará em jogo a honra do Vôlei Nestlé, que faz uma campanha instável e abaixo do que o elenco é capaz. Do outro, uma dose enorme de confiança pode ser injetada na veia do líder Rexona, campeão sul-americano recentemente.

Mais do que isso, o resultado interfere no desenho das quartas de final. Pode colocar os rivais em rota de colisão na semifinal, fazendo com que o filme repetido de vê-los na decisão da Superliga não ganhe reprise em 2016. Seria ruim? Para o produto “vôlei brasileiro”, diria que não.

O QUE ESTÁ EM JOGO

Classificados
Sete times já se garantiram nas quartas de final: Rexona-Ades, Dentil/Praia Clube, Vôlei Nestlé, Camponesa/Minas, Terracap/Brasília Vôlei, Rio do Sul/Equibrasil e Sesi-SP. Pinheiros/Klar e São Cristóvão Saúde/São Caetano lutam pela última vaga.
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Posições garantidas
Dos classificados, somente dois já asseguraram posições: Rexona (1º) e Praia Clube (2º).
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Eliminados
Concilig Vôlei/Bauru (10º), Renata Valinhos/Country (11°) e São Bernardo (12º) não têm mais chances de classificação.

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