José Roberto minimiza vitória no Grand Prix: ‘Se perdesse, seria igual’

Treinador da Seleção feminina de vôlei afirma que competição serviu como treinamento, e que derrota teria o mesmo peso do título. A poucos dias dos Jogos, trabalho será '24 horas'

Grand Prix de Vôlei - Brasil x Estados Unidos
Seleção Brasileira, de Zé Roberto, foi campeã do Grand Prix no último fim de semana (Foto: Divulgação/FIVB)

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Conquistar um título é o sonho de qualquer equipe. Ainda mais em um período tão próximo ao seu maior objetivo: a Olimpíada do Rio de Janeiro, em agosto. Mas esse, porém, não é o pensamento de José Roberto Guimarães, técnico da Seleção feminina de vôlei. 

Um dia depois de vencer o Grand Prix pela 11ª vez, a equipe desembarcou na tarde desta segunda-feira no Aeroporto de Guarulhos (SP). Apesar do cansaço com a longa viagem da Tailândia, com uma escala em Dubai (EAU), as jogadoras e o técnico conversaram com a imprensa, e minimizaram a conquista.

- Para nós, é uma trajetória do projeto de treinamento. Se perdêssemos, seria igual. O importante é o padrão que tiramos dos times que jogamos contra. Não podemos esquecer que perdemos dois jogos, para a Sérvia e a China, e ganhamos a fase final bem - comentou o treinador do time.

A Seleção fez, no total, 13 jogos no Grand Prix. Nos nove duelos válidos pela primeira fase, foram sete vitórias e duas derrotas e, na rodada final, quatro triunfos, contra Tailândia, Rússia, Holanda e Estados Unidos.

Na decisão, por exemplo, uma vitória contra as atuais líderes do ranking mundial, campeões mundiais e vice-olímpicas por 3 sets a 2 não foi um motivo para celebração, muito pelo contrário. Para Zé Roberto, o "sufoco" do título acendeu um sinal de alerta na equipe, que precisa trabalhar mais.

- Contra os Estados Unidos, ganhamos de 3 a 2, o que significa que foi um jogo parelho. Quem ganha no tiebreak, significa que, naquele momento, conseguiu ter algumas ações melhores - analisou o técnico, antes de completar sobre os próximos passos que devem ser tomados pela Seleção: 

- Temos de ter os pés no chão. Vim olhando vídeos no avião e foi um grande jogo, emocionante e tecnicamente muito bom. Não temos um minuto a perder. Estarei totalmente a disposição. Já falei para a Natália, que estou disponível 24 horas. Se quiser me chamar de madrugada, estou pronto. "Tá bom seu passe?", foi a pergunta que fiz para ela. E ela me respondeu que, qualquer coisa, me ligaria. A gente não pode parar, porque daqui 25 dias começam os Jogos.

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