Zé Ricardo ‘fecha a casinha’ para iniciar o Brasileirão com pé direito

Com a pior defesa do Carioca, treinador prioriza treinos de marcação com duas linhas de quatro para enfrentar o Galo. Estreia em São Januário pode facilitar vida na Libertadores

Zé Ricardo durante treino no CT das Vargens
Paulo Fernandes/Vasco.com.br

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Da campanha no Carioca, o Vasco leva bons aspectos para iniciar o Brasileirão: o espírito de superação e o setor ofensivo, por exemplo, deram certo. Mas se o ataque foi o melhor do estadual, a defesa atualmente é a pior entre os clubes que disputarão a Série A. E essa é a preocupação de Zé Ricardo, que utilizou o treino desta quinta-feira para reforçar o esquema atrás.

- Nós trabalhamos a parte defensiva, a compactação. Sabemos que vamos jogar contra um time cheio de talentos individuais (Atlético-MG). Trabalhamos as duas linhas de quatro bem compactadas para não sofrermos - revela Yago Pikachu, que deixou de ser ponta para voltar à lateral.

- Treinei na linha de trás, como lateral. Mas ainda temos dois dias de preparação, não sei qual posição ele vai optar por me colocar. A gente tem esse tempo pra treinar e se adaptar o mais rápido possível à formação.

Em relação ao time que iniciou a final contra o Botafogo, só Paulão permanece na equipe contra o Atlético-MG, domingo. Erazo, por ter contrato com o Galo, não joga. O Vasco, porém, 'fechará a casinha' para suportar a pressão do adversário e começar o Brasileirão com pé direito para acumular pontos antes de decisões na Copa do Brasil ou Libertadores.

- O campeonato é equilibrado e o começo dela é muito importante. Muitas equipes podem poupar focado em outras competições. O começo é fundamental, o Corinthians mostrou no ano passado. Tiveram muitas vitórias no início e quem começa bem tem uma vantagem lá na frente pra administrar da melhor maneira. O foco é esse - conclui Pikachu.

Qual é a diferença, para você, em atuar na lateral ou na ponta?
- Muda um pouco só. Na linha de trás, tem que ter muito mais atenção ao atacante, fechar bem o lado do zagueiro pra não ter infiltrações do meia, do atacante. Tem a preocupação da passagem do lateral, a bola metida pelo volante. Trabalhamos a compactação do meio de campo, fechando espaços. Com muita calma, muita seriedade, onde me colocar vou fazer bem meu papel.

Zé chegou a conversar com você sobre essa mudança de posicionamento?

Conversar particularmente, não. Mas com a saída do Madson, do Gilberto, não tinha escolha. Rafael Galhardo só chegou depois. No momento só tinha eu da posição, e sempre deixei claro que minha posição era a lateral. Realmente, nesses três anos joguei muito mais como meia, me adaptei muito bem à posição, pude corresponder jogando assim. Na lateral, consigo chegar como elemento surpresa, fazendo gols. Independente de posição, tenho que ajudar o Zé que cobra de todo mundo da mesma maneira. Comigo não é diferente e eu pretendo mostrar isso nos treinos.

COMO ZÉ RICARDO PLANEJA A EQUIPE
​Diferente da final, treinador quer duas linhas de quatro, com meias reforçando a marcação e dois atacantes isolados na frente. Yago Pikachu e Henrique, que jogaram como pontas no último jogo, retornam às laterais.

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