Opinião: A necessária renúncia de Eurico Miranda

Eurico Miranda - Eleição da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Foto: Bruno de Lima/ LANCE!Press)
Eurico Miranda garantiu que o Vasco não seria rebaixado mais uma vez (Foto: Bruno de Lima/ LANCE!Press)

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Por vezes, este signatário é indagado se há alguma divergência pessoal entre ele e o presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, Eurico Miranda. O tom crítico adotado pelo escriba demonstraria divergências no plano pessoal, entre este e o cartola.

O redator esclarece, contudo, que nenhuma animosidade há, de sua parte, em relação ao dirigente. Bem ao contrário, o escriba admite que Eurico Miranda nunca lhe fez mal algum, no plano pessoal. Admira o amor que os filhos de Eurico Miranda sentem pelo pai, o que não é algo de pouca monta. Sempre escuta dizer, por parte de pessoas que convivem com Eurico Miranda, que este cumpre o que promete, é homem de palavra. A própria esposa do signatário já esteve, anos atrás, em presença de Eurico Miranda, em evento festivo, tendo sido muito bem tratada por ele.

Entretanto, algo bem distinto a estas amenidades é a discussão sobre os rumos do Club de Regatas Vasco da Gama. Nesse sentido, Eurico Miranda tem contribuído para o esfacelamento institucional da agremiação. A grandeza do clube encontra-se comprometida, graças, sobretudo, ao atual mandatário. O terceiro rebaixamento em oito anos demonstra isso, sendo que dois dos três rebaixamentos foram responsabilidade direta do regente.

Enquanto diretor de futebol, vice presidente de futebol e presidente do clube, Eurico Miranda contribuiu para a derrocada vascaína: sua truculência e falta de modos fez o Vasco da Gama ser o clube mais odiado do país, comprometendo a imagem do clube em nível nacional e internacional; a defesa de teses conservadoras e ultrapassadas - como a exaltação dos campeonatos estaduais, a crítica ao Campeonato Brasileiro por pontos corridos e a oposição ao engendramento de um calendário racional – contribuiu para a geração de malefícios para todos os grandes clubes do país, inclusive o Vasco da Gama; o modelo de gestão sofrível, praticado sob sua égide, levou o clube a exorbitantes dívidas, de centenas de milhões de reais.

Ademais, em muitos sentidos, a postura do gestor pode ser classificada de despótica.

Seu sucessor / antecessor, Roberto Dinamite, também não merece elogios por sua fraquíssima gestão, que permitiu o retorno de Eurico Miranda. Mas, ao reassumir o poder, Eurico Miranda mostrou-se ainda pior que o velho ídolo, promovendo todos os tipos possíveis de iniquidades, em cerca de um ano de reinado.

Posto isto, eis o caminho natural: renuncie, presidente! Mostre o amor que tem pelo Club de Regatas Vasco da Gama, admitindo que o sr. mais atrapalha do que ajuda. Está na hora de ir para casa, dando lugar a uma geração de jovens vascaínos que têm gana por fazer história!


Tenha grandeza, presidente! Faça a coisa certa! Renuncie, e dê ao nosso amado clube a chance de buscar um novo caminho para resgatar nossa plenitude, para que a imensa torcida volte a ser bem feliz!

“Você não sente nem vê, mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo. Que uma nova mudança em breve vai acontecer. E o que há algum tempo era jovem, novo, hoje é antigo, e precisamos todos rejuvenescer” (Antônio Carlos Belchior, “Velha Roupa Colorida”).

* Luis Filipe Chateaubriand é consultor de conteúdo do Bom Senso Futebol Clube, autor da obra “Um Calendário de Bom Senso para o Futebol Brasileiro” e vascaíno.

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