Falamos com Evander: ‘Quero fazer história aqui no Vasco’

Cria da base do Cruz-Maltino, Evander fala ao LANCE!. Jogador analisa reviravolta na carreira, garante querer fazer história no clube e projeta 2018 com muitos títulos

Confira a seguir a galeria especial do LANCE! com imagens de Evander com a camisa do Vasco
(Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco)

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O ano de 2017 foi um dos mais especiais da vida de Evander como jogador de futebol. O volante passou por altos e baixos no Vasco, mas com a chegada do técnico Zé Ricardo se firmou como titular como ainda não havia conseguido. Aos 19 anos, o jovem vai disputar em 2018 a primeira Conmebol Libertadores da carreira e com vários pontos de destaque, como ter sido importante na conquista da vaga e do último título na competição sul-americana ter sido em 1998, justamente o ano que nasceu e está ao lado de outras crias das categorias de base do Vasco, como Mateus Vital. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Evander avaliou a temporada, garantiu querer fazer história na Colina e projetou muitos títulos, indo até, com a força cruz-maltina, ao Mundial de Clubes.

Confira a seguir a íntegra!

Você começou 2017 como titular na Flórida Cup (na pré-temporada feita nos EUA), se machucou e perdeu espaço, voltou para o sub-20... Como usou o período para ganhar força de novo, voltar ao profissional e terminar titular?
Sempre fiquei com a cabeça fria para o objetivo que queria, conquistar esta vaga de titular. Depois de ter perdido tudo, voltado ao sub-20, a chance que tive contra o Santos foi essencial e especial. Agarrei ela e aproveitei para terminar o ano bem.

Você citou essa reviravolta que conseguiu no jogo contra o Santos. Como se preparou para esse jogo? Esperava que iria tão bem? Qual a importância?
A importância passou tudo e foi até para a sequência que tínhamos na busca pela vaga na Libertadores. Entrei no jogo para agarrar a chance. Era fora de casa e contra uma grande equipe, entrei para fazer o meu melhor. Graças a Deus deu tudo certo. Essa virada foi muito importante para mim e para o Vasco para a sequência. Deu mais uma força para a gente.

O ano de 2017 foi muito especial para você? O mais especial?
Com certeza. Por tudo que eu passei, comecei a temporada bem, depois perdi um pouco a vibe, e no final conquistar novamente tudo que eu tinha foi maravilhoso.

Vendo os companheiros de base tendo mais oportunidade, como Douglas e o Mateus Vital, você com um pouco mais de dificuldade apesar do potencial que tem, foi difícil controlar esta ansiedade até se estabelecer?
Tive algumas oportunidades. Só que alguns treinadores me viram de maneira diferente da qual eu jogava. Mas quando eu saía e via os meus amigos de base jogando, eu incentivava bastante eles e dava moral. Com alguém da base jogando sempre é uma porta aberta. Segui trabalhando firme até me firmar.

Você com o Cristovão Borges estava como volante e agora se firmou como titular um pouco mais recuado. Pretende seguir?
No começo do ano eu estava como primeiro volante. Agora o Zé Ricardo vem me utilizando mais como um segundo meia, saindo mais. Sem olhar para a posição, quero ajudar meus companheiros e ao Vasco na busca de seus objetivos na temporada.

Você ter ao lado jogadores que cresceram juntos na base do Vasco será importante em 2018?
O Vasco tem um elenco muito forte. Conhecer os companheiros é importante sim. Os jogadores que temos somos fortes. Eles dão essa bagagem para a gente da base. Crescemos juntos, geração 1998, fato inédito, vamos disputar a nossa primeira Libertadores... Estar ao lado de quem gosta é de suma importância.

Imaginava disputar uma Libertadores tão jovem assim?
Sempre acreditamos no que pode acontecer. Sou uma pessoa otimista. No começo do Brasileiro o presidente Eurico Miranda já falava que disputaríamos a Libertadores. Então mantivemos a cabeça no nosso objetivo e conseguimos a vaga.

Como foi a parceria com Wellington no meio de campo?
Wellington é um cara muito experiente. Jogou só em time grande e eu no lado dele me passa tudo. Pede para eu ajudá-lo a ajustar o meio de campo. É fora de série até fora de campo. É uma honra jogar ao lado de um jogador como ele no Vasco.

Qual a importância do Zé Ricardo em seu crescimento?
Zé Ricardo chegou e abraçou o grupo e o grupo abraçou ele. Veio com ideias que entendemos e precisávamos disso nesse momento. Precisávamos de um que fizesse a nossa chave ligar. Deu moral para todo mundo, sempre foi um cara que nos abraçou e o Vasco estava precisando de moral para uma sequência boa. Ficamos mais de dez jogos sem perder e ele foi essencial.

No gol que fez contra o Santos, o que pensou no momento que fez que virasse um nome principal?
Foi um sentimento de alívio. A cabeça ficou no lugar e o gol saiu na hora certa. Tirou todo o peso que tinha em cima de mim. Depois dali as coisas saíram naturalmente.

No começo do ano o Vasco foi taxado como time que brigaria para não cair. Até que ponto isso deu ponto para vocês do elenco?
O grupo sempre teve cabeça que podia brigar por coisas maiores que a Libertadores. Mas acontece que começamos a jogar um pouco tarde. Isso estava em nossa cabeça desde que começou o campeonato. A ambição desse grupo foi essencial. Todos os jogos brigamos para valer.

Quando acabou a temporada depois da vitória sobre a Ponte Preta passou um filme em você?
A primeira coisa que pensei foi missão cumprida. Estávamos na luta pela classificação à Libertadores e conseguimos a vaga. Passou um filme também de tudo que passei na base, primeiro ano de profissional... Terminar a temporada bem fiquei bastante satisfeito com meu desempenho e quero permanecer assim no ano de 2018.

Ter voltado ao sub-20 esse ano foi importante para o seu amadurecimento antes do retorno ao profissional?
Foi essencial para meu amadurecimento. Desci para o sub-20 para dar a volta por cima. Dei meu máximo, conquistamos o título no Carioca, era o único que faltava na base para mim. Isso foi muito importante na minha reviravolta.

Quem mais te ajudou no elenco?
O grupo todo. Até por já me conhecerem. Alguns falaram “tem que jogar”, eu sempre falava “vai chegar a hora”... O próprio Rafael Marques falava para quando eu descer era para arrebentar. Sempre mantive a cabeça firme para voltar com tudo.

Como é a amizade sua com os companheiros de base?
A amizade é muito boa. A molecada sempre foi muito junta, desde a base. Quando éramos bem pequenos sempre andamos juntos e subimos juntos ao profissional. Sempre tem a resenha no grupo do WhatsApp... Molecada bastante unida. Isso fez dar certo no profissional. A nossa união foi importante para a responsabilidade de cada um no time profissional.

Quais suas inspirações como jogador de futebol?
Gosto muito de ver o futebol internacional. Hoje você ver no Manchester City, Real Madrid, vários jogadores... Exemplo tem o Cristiano Ronaldo. Hoje como jogador me vejo mais como De Bruyne (meia do Manchester City), jogadores que estão fazendo sucesso no futebol europeu. Tem a mesma característica que a minha. Isso é bom até para aprender um pouco mais como jogador.

Sonha com Europa?
Todo jogador sonha com a Europa (para o futuro). Mas minha cabeça está no Vasco, quero fazer história aqui no Vasco, estou comprometido com o clube e quero dar muitas alegrias.

O torcedor do Vasco pode ter esperança para sonhar em 2018 com o título do Campeonato Brasileiro e quem sabe até da Libertadores e do Mundial?
Certeza. Temos que pensar em chegar na final da Libertadores, ser campeão do Brasileiro, do Carioca... Almejar e ganhar tudo. Se parar para ver, no segundo turno do nacional desta temporada terminamos em segundo lugar. Perdemos por saldo de gols. Mostramos a força do Vasco mesmo em meio a tantas dúvidas. O nosso objetivo sempre foi traçado. Ano que vem tem que ser do mesmo jeito.

E o que o torcedor do Vasco pode esperar do Evander na equipe cruz-maltina no ano que vem?
Pode esperar muito trabalho, raça e dedicação por esse clube que é imortal com os milhares de corações infantis. Quero dar muitas alegrias aos torcedores do Vasco.

Para encerrar, em dezembro do ano que vem vamos conversar no Mundial com o Vasco?
Se Deus quiser, é um sonho que tenho disputar um Mundial com a camisa do Vasco. Mas sem ultrapassar o que vem pela frente. Primeiro vem o Carioca, depois o Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil... Vamos brigar por cada um desses e se Deus quiser vamos ao Mundial de 2018.

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