Volvo Ocean Race: Barco de brasileiro veleja ‘no escuro’
O barco espanhol MAPFRE está praticamente sem comunicação durante quase três dias durante a travessia da quarta etapa da Volvo Ocean Race. Um problema a bordo impede a equipe, que tem o brasileiro André 'Bochecha' Fonseca, de receber dados importantes para o andamento da regata, como previsão do tempo. O Controle da Regata foi alertado sobre a situação no fim de semana e, desde então, trabalha com os seus fornecedores para encontrar uma solução.
Gonzalo Infante, que dirige o departamento, disse nesta segunda-feira que não estava claro exatamente o que causou o problema na transmissão.
- Nós ainda podemos enviar e receber mensagens de texto simples, mas não é possível enviar dados meteorológicos detalhados. Isso tem impactado a sua capacidade de tomar decisões estratégicas - eles estão navegando às cegas, disse Gonzalo Infante.
Direto da sala de controle, Gonzalo Infante disse que os fornecedores de hardware e software de comunicações do barco buscam diagnóstico e correção. O repórter a bordo do MAPFRE, Francisco Vignale, escreveu direto do Oceano Pacífico:
- Nós só temos e-mail funcionando. O trabalho de Jean Luc Nélias, nosso navegador, é muito limitado. Não podemos prever e nem executar estratégias de rota. O Sat C funciona ainda e é usado para transmissão mais básica.
E MAIS:
> Com prancha adaptada, Lais Souza surfa no Guarujá
> Thiago Splitter cobra melhorias no basquete brasileiro
Além disso, a tripulação é incapaz de enviar imagens ou vídeos, que têm mantido seus muitos fãs sem atualização do progresso do barco. Vignale acrescentou:
- Estamos todos bem, apesar de não dar para falar nossas famílias. Cada um de nós deseja enviar apenas um 'oi'. Esperamos resolver este problema o mais rapidamente possível - ainda há um longo caminho a percorrer nesta perna.
Apesar de seus desafios, o MAPFRE está na briga pelo pódio, ocupando a terceira colocação após a atualização do início da tarde. A etapa é liderada pelo Team Brunel, que adotou a melhor estratégia de ir mais a norte. Atrás está o Abu Dhabi. A passagem pelos Doldrums pode mudar as cartas da perna entre a China e a Nova Zelândia.