De volta à Superliga, Jaqueline se emociona e vibra com ‘time de musas’

Max - América de Natal (Foto: Carlos Costa/ LANCE!Press)
Max - América de Natal (Foto: Carlos Costa/ LANCE!Press)

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A apresentação da ponteira Jaqueline pela Camponesa/Minas teve emoção, agradecimentos e também bom humor. Nesta quarta-feira, a bicampeã olímpica com a Seleção Brasileira não escondeu a alegria pelo esforço do clube em bancar sua contratação para a disputa da Superliga Feminina e falou sobre o "time de musas" que será formado, com a presença dela e da companheira de posição Mari Paraíba.

– Obrigado por tudo que vocês fizeram por mim e por minha família. Espero poder retribuir. Beleza não ganha jogo. Sempre quis ganhar, batalhei muito. Pessoal sabe o que passei, as contusões, as dificuldades. Mas a beleza faz faz parte do show, os torcedores gostam, querem tirar foto, aparecem nos jogos para nos ver. Mas o mais importante é jogar – afirmou a atleta, de 30 anos.

A estreia de Jaqueline ainda não tem data certa para acontecer. Ela começará a treinar com a equipe na próxima segunda-feira e será avaliada pela comissão técnica.

– Preciso fortalecer o joelho, ganhar musculatura. Trabalho para voltar a jogar logo, mas sem ansiedade, pois não ajuda nada neste momento. Mostrei na Seleção que poderia voltar muito melhor depois da parada pela gravidez. Se soubesse que iria voltar tão bem, teria engravidado antes – disse.

A contratação de Jaqueline só foi sacramentada depois de uma longa negociação, entre outros motivos, pelo ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Este ano, ela foi uma das vozes ativas na defesa de mudanças no regulamento do sistema, por julgar que não deveria ter continuado com pontuação máxima (sete) após passar uma temporada sem jogar.

– Sofri na pele ter sete pontos e não poder jogar. Espero que o ranking acabe. Se eu passei por isso, imagino demais jogadoras, que não estão na Seleção. Aprendi muito com tudo isso. Você nunca está segura de nada nesta vida. Aqui no Brasil, todo ano temos de provar que temos condições. Infelizmente é assim no Brasil.

Ao aceitar a oferta do Minas, Jaqueline se viu obrigada a deixar o marido Murilo, ponteiro do Sesi-SP, e o filho Arthur, de nove meses. Mas ela diz que teve todo o apoio necessário da família.

– Murilo foi o primeiro a me dar força pra vir pra cá. Em nenhum momento ele disse "fica aqui este ano e vamos pensar no próximo". Sempre que ele puder, vai vir para cá. E, quando o Marquinho (Queiroga, treinador) permitir, eu irei para lá.

No fim da coletiva, o presidente do Minas, Luiz Gustavo Lage, também se emocionou e ficou com a voz embargada ao agradecer a jogadora.

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