Vice da Federação Portuguesa e médico da seleção respondem críticas


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As más atuações nos dois primeiros jogos e a iminente desclassificação na primeira fase da Copa do Mundo motivaram críticas da imprensa portuguesa à preparação da seleção lusa. As principais foram a escolha de Campinas como local de treinamentos, por conta das diferenças climáticas comparada às sedes das partidas na primeira fase (Salvador, Manaus e Brasília), além de possíveis falhas no departamento médico após diversas lesões.

Após o treinamento desta terça-feira, possivelmente o último no Brasil, no CT da Ponte Preta, o vice-presidente da Federação Portuguesa, Humberto Coelho, convocou uma entrevista coletiva juntamente com o médico da equipe, Henrique Jones, para esclarecer as críticas da mídia.

- Não estamos arrependidos da nossa escolha por Campinas. A maior parte das seleções está nesta região (Sudeste) e inclusive muitas ficaram nos Estados Unidos antes da Copa. Fizemos tudo em acordo com os médicos e escolhemos um local favorável em termos de clima e de logística - delcarou Humberto Coelho, mencionanado o periodo dos portugueses em Nova Jersey, nos EUA, antes da chegada ao Brasil.

- Estou aqui por alguma razão. A gente não tem condições de aparecer em todo momento e achamos que essa altura deveria aparecer. Quando temos um mau resultado, parece que temos que dar a cara. Eu vim aqui explicar o que acho importante para não deixar dúvidas do que pensamos. Vi muitas notícias que não são verdade na mídia e viemos esclarecer - completou o dirigente português.

Em relação aos questionamentos sobre as condições físicas de Cristiano Ronaldo, que sofre com uma tendinite no joelho esquerdo desde o final da temporada europeia, a palavra foi passada para o médico da seleção portuguesa.

- O Cristiano teve a primeira lesão em abril e nunca nestes dois meses e meio treinou como está treinando agora. Como sabem, ele praticamente não treianva e só jogava. Tivemos e temos grande relação de cordialidade com o departamento médico do Real Madrid e estivemos sempre a par dos exames do Cristiano. Quando ele chegou a nós, sabíamos a condição que ele tinha. Fizemos uma única ressonância com o Cristiano no jogo contra o México (Amistoso, antes da Copa), que nos tranquilizou em relação a ele. Clinicamente, o Ronaldo estava em condições de competir. Ele está bem melhor do que quando chegou aqui - garantiu Henrique Jones, que também integra o comitê médico da UEFA.

O médico negou também que as diferenças climáticas tenham sido cruciais no mau desempenho da seleção durante a Copa.

- O clima que temos no Brasil nao é de assustar ninguém. A maior temperataura em jogos deste Mundial foi 27 graus e a maior umidade foi 87%. O clima aqui não é grave a ponto de prejudicar o desempenho. Se tiver cuidado com a hidratação, nao há perigo. Nao há o problema de performance, mas sim na recuperação do esforço.

Para Henrique Jones, o principal obstáculo dos jogadores é o cansaço no fim da temporada.

- Um terço dos nossos jogadores joga em uma das ligas mais competitivas do mundo, a espanhola. Não é por acaso que a Espanha vai para casa mais cedo. A sobrecarga competitiva é o principal fator.

Por fim, o médico português esclareceu as lesões da seleção até agora.

- Lesões reais foram apenas três. Mialgia é apenas dor muscular, diferente de lesão muscular. Lesões reais foram apenas com Coentrão, Hugo Almeida e Rui Patrício. E mialgia foram Pepe, Raul Meireles, André Almeida e Hélder Postiga - concluiu Henrique Jones.

Portugal tem chances remotas de classificação às oitavas de final. A equipe precisa vencer Gana, nesta quinta-feira, às 13h, em Brasília, e torcer por uma goleada da Alemanha sobre os Estados Unidos.

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