Às vésperas de viagem, Magnano diz: ‘Preciso reforçar o diálogo com os jogadores’

Lewis Hamilton lidera primeira sessão de treinos no Bahrein (Foto: Marwan Naamani/ AFP)
Lewis Hamilton lidera primeira sessão de treinos no Bahrein (Foto: Marwan Naamani/ AFP)

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Em pouco menos de quatro meses, o Brasil estreará na Copa do Mundo Masculina de Basquete. Em Granada (ESP), enfrentará a França, em 30 de agosto.

Depois de fracassar na Copa América de 2013, ao terminar na penúltima posição, e precisar de um convite para disputar o Mundial, a Seleção terá uma prova de fogo para mostrar o seu valor.

Ciente disso, o técnico Rubén Magnano sabe que precisará de força máxima para não fazer feio de novo. Por isso mesmo, admite que há a necessidade de conversar com os principais jogadores e reforçar suas ideias, aquelas que tenta implantar desde que assumiu o comando da equipe, em 2010.

Assim, na próxima semana, viajará aos Estados Unidos para conversar com os atletas que atuam na NBA. O mesmo fará com os que jogam na Europa, no próximo mês.

– Tenho de passar uma mensagem direta para eles (jogadores). Basicamente, falar coisas que nunca falei para eles e preciso falar. Sinto que hoje a Seleção precisa muito de alguns jogadores – disse Magnano, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net.

Faltam menos de quatro meses para o início da Copa do Mundo da Espanha. Neste momento, qual é a expectativa que se tem?
O primeiro jogo que temos é formar nossa equipe. É um jogo muito interessante, e temos de trabalhar para ter o melhor time possível. Aí sim vamos pensar na França e nos demais adversários. Tenho a esperança de ter a melhor equipe de acordo com o que penso. Agora, começa o período de bate-papo, contatos...

Você vai viajar para conversar com os jogadores?
Eu havia falado que não ia. Mas agora preciso ir. Vou viajar. Estou acertando isso com a CBB. Já tive algum contato direto com alguns meninos da Espanha quando ocorreu o sorteio (em fevereiro), mas vou voltar. Preciso saber quais são as intenções deles, passar minha ideias. Precisamos formar a melhor equipe.

O que fez você mudar de ideia quanto a viajar novamente?
Passar uma mensagem direta para eles (jogadores). Basicamente, falar coisas que nunca falei para eles e preciso falar. Sinto que hoje a Seleção precisa muito de alguns jogadores. A imagem que tive na Olimpíada foi muito positiva. Na Venezuela (Copa América), foi uma situação desagradável, muito triste. O resultado em Caracas me fez mudar de ideia e reforçar o diálogo antes de começar. Achava que não precisava mais, mas sinto que preciso.

Após o que aconteceu em Caracas, você falou da falta de comprometimento de alguns jogadores e pegou pesado nas críticas. O Tiago Splitter não gostou e respondeu. Estas arestas a aparar, estes pequenos problemas lhe motivaram a fazer estas viagens?
Não sinto que me excedi, não falo por vaidade ou em tom de soberba. Não esqueço o que o Tiago fez pela Seleção, em absoluto. Mas pelo menos já causou uma sensação nele de dar respostas e isso acho positivo. Agora vou falar direto com eles.

As lesões sofridas por vários jogadores, tendo como casos mais emblemáticos o Leandrinho e o Nenê, o deixam preocupado?
Sempre é preocupante ter jogadores machucados, mas a única vantagem que temos hoje é o tempo que falta para o início do campeonato. Tenho muita esperança que depois de todas estas lesões possamos chegar em boa forma à preparação.

O Brasil pode cruzar com a Argentina já nas oitavas de final da Copa do Mundo. Acha que isso é um carma, algo que o persegue?
Se vê que sim. Tivemos a possibilidade de jogar em Mar del Plata (na segunda fase do Pré Olímpico de 2011) e ganhar. Também tivemos tantos outros jogos (derrotas na final do Pré-Olímpico, nas oitavas de final do Mundial de 2010 e nas quartas de final da Olimpíada de 2012). Mas se vê que é o destino que marca isso. Aceitamos o destino e nos preparamos para jogar.

O convite já foi dado pela Fiba, a taxa já foi paga. Na próxima Copa do Mundo não haverá mais convites. Você acha isso justo?
Eu acho que a vaga tem de ser ganha dentro da quadra, acredito muito no aspecto esportivo. Mas agora estou do outro lado, tivemos a sorte de ser convidado. Claro que não te dão um convite de presente, existe algum motivo. Mas, como treinador, prefiro classificar na quadra.

Clique aqui e confira na edição digital do LANCE! a íntegra desta entrevista.


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