Na véspera do reencontro, Drogba admite volta ao Chelsea

José Mourinho bancou a contratação de Drogba, então conhecido apenas no futebol francês (Foto: Site oficial Didier Drogba)
José Mourinho bancou a contratação de Drogba, então conhecido apenas no futebol francês (Foto: Site oficial Didier Drogba)

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O atacante Drogba voltará a ser celebrado pelo Chelsea quando pisar pela primeira vez em Stamford Bridge usando outra camisa, a do Galatasaray, nesta terça-feira pelo jogo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões. Todos já sabem que o marfinense fez história nos Blues antes de deixar o clube em 2012 para se aventurar no futebol chinês. Mas será que essa história acabou mesmo?

Em entrevista coletiva, ele confirmou o que já vinha se especulando há tempos: quer voltar ao Chelsea, mas como auxiliar do técnico José Mourinho, para eventualmente suceder o português no comando:

- É óbvio que considero no futuro ser auxiliar e depois treinador no Chelsea. Mas ainda não quero isso agora. Ainda posso jogar e agora quero continuar como jogador.

Desde que retornou aos Blues, Mourinho — responsável pela chegada de Drogba ao clube — vem reclamando da falta de atacantes. Ele já lamentou a saída de Drogba, que aconteceu logo após os londrinos levarem a Champions.

Antes do primeiro jogo, o atacante admitiu que aceitaria um retorno ao Chelsea como jogador se Mourinho pedisse para ele voltar. No entanto, segundo a imprensa inglesa, a intenção do português é ter seu amigo pessoal e ex-jogador no banco de reservas, como uma espécie de auxiliar-técnico de atacantes, ficando a cargo com a responsabilidade de treinar os jogadores de frente do elenco, em questões de posicionamento e fundamentos.  


HISTÓRICO

Drogba chegou ao Chelsea em 2004, vindo do Olympique de Marselha, por 24 milhões de libras (R$ 134,1 milhões em valores da época). A transferência causou surpresa pois o marfinense só havia brilhado no futebol francês. No entanto, o também recém-chegado José Mourinho apostou no então camisa 15 (a 11 era de Damien Duff) e não se arrependeu.

Após um início discreto, Drogba só virou o craque de hoje com a chegada de Shevchenko, em 2006. O ucraniano veio como a solução para o ataque dos Blues, mas quem acabou brilhando foi o marfinense, deixando Sheva por diversas vezes no banco e "ajudando" no insucesso do camisa 7 na Inglaterra.


Com a saída de José Mourinho, Drogba assumiu um protagonismo fora dos gramados, fazendo a transição de ótimo jogador para ídolo do clube. Quando Terry e Lampard ficavam fora, era ele quem assumia a braçadeira de capitão. Isso mesmo com suas indisciplinas em momentos-chave: foi expulso na final da Liga dos Campeões de 2008, perdida pelo Chelsea, e suspenso após xingar o árbitro da polêmica semifinal do ano seguinte, contra o Barcelona.

Já decidido a sair em 2012, e com três títulos ingleses, além de quatro Copas da Inglaterra no currículo, Drogba finalmente conquistou o troféu que faltava: a Liga dos Campeões. Com uma atuação de gala, o marfinense empatou o jogo e fez o gol de pênalti que deu a vitória ao Chelsea. Não sem antes dar um último susto na torcida que o idolatra: na prorrogação, ele fez falta dentro da área, mas Cech defendeu o penal de Robben.

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