Vascaíno que tentou se jogar da marquise em 2008 descarta novo ato e confia: ‘Não vai cair’


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Cinco anos depois, o Vasco ainda luta para não sofrer o segundo rebaixamento de sua História. Afinal, a dor do primeiro ainda está presente para muitos torcedores. Imagina então qual é o sentimento de Luiz Fernando Nascimento Vilaça, aquele vascaíno que, no jogo que decretou a queda, em 2008, tentou se jogar da marquise de São Januário, logo após a derrota para o Vitória, por 2 a 0.

Luiz lembra de todos os detalhes daquele fatídico dia, apesar de admitir que estava bastante embriagado, fato que, aliado ao desespero pelo rebaixamento, o teria levado a quase se atirar da marquise.

– Eu estava meio bêbado já e bateu um desespero. Tentamos invadir o campo, aí a polícia correu atrás de mim. Fui para perto da marquise para me esconder e, quando percebi, já estava lá em cima. Se não tivesse visto meus amigos desesperados, ia cair mesmo. Não tinha força nos braços para voltar, até que o bombeiro me puxou – disse Luiz, ao LANCE!Net.

A imagem do torcedor tentando se jogar foi das mais marcantes no rebaixamento do Vasco. Nos dias seguintes à queda, Luiz, ainda muito abalado, precisou até de psicólogo.

– Todos ficaram preocupados, foram me visitar. Foi do momento. Uma amiga até me convenceu a ter acompanhamento psicológico na época. Não mudou nada na minha vida. Marcou, mas não fiquei arrependido – lembrou.

Segundo ele, o momento atual do time chega a ser pior do que em 2008. Mas mostra confiança de que, desta vez, o Vasco não vai cair. Nem ele. Hoje aos 26 anos, Luiz garante que está mais maduro e não há chance alguma de repetir aquele ato em caso de um novo rebaixamento.

– O Vasco não vai cair, não. Se acontecer, vou ficar revoltado com essa diretoria, protestar, mas jamais faria aquilo de novo, de subir lá. Estarei lá no Maracanã, da mesma forma que estive na partida contra o Cruzeiro. A situação ainda é difícil, mas eu acredito – afirmou.

De lá para cá, algumas coisas mudaram na vida de Luiz. Apesar de estar morando em São Paulo, continua acompanhando o time:

– Trabalho em loja de roupas, há algum tempo estou morando em São Paulo, não estou no Rio. Mas dou um jeito, folgo, coloco alguém em meu lugar e vou para os jogos. Não abandono o Vasco. Cara, já vendi bicicleta e outras coisas para comprar ingresso e viajar. Já perdi festa, casamento, alguns trabalhos. Ainda faço algumas loucuras aí para ver o Vasco (risos).

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