Turistas gastaram R$ 448 milhões durante a Copa das Confederações
O Ministério do Turismo divulgou nesta segunda-feira (7) estudo sobre o impacto econômico da Copa das Confederações no país. O resultado avaliou a movimentação financeira no período, o reflexo no PIB e a consequência da realização do torneio no que se refere à geração de empregos. De acordo com a pesquisa, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o Rio de Janeiro ficou em primeiro lugar, movimentando R$ 6 bilhões durante a competição.
Belo Horizonte, foi a segunda cidade com a maior movimentação financeira registrada (R$ 3,8 bilhões) entre as seis sedes do torneio. O relatório da FIPE aponta que a movimentação de divisas global foi de R$ 20,7 bilhões. Um detalhe chama a atenção no relatório divulgado pelo Governo Federal: somente os turistas estrangeiros deixaram no país cerca de R$ 102 milhões, enquanto os turistas nacionais consumiram o equivalente a R$ 346 milhões durante a disputa do torneio organizado pela Fifa.
De acordo com o Comitê Organizador Local (COL), os investimentos privados e públicos foram orçados em R$ 9,7 bilhões como renda acrescentada ao PIB brasileiro. A expectativa é a de que durante a disputa da Copa do Mundo, esse valor seja três vezes maior.
O estudo analisou os impactos iniciais, diretos, indiretos e induzidos na economia. Como base para o cálculo, utilizou-se a soma dos investimentos públicos e privados em infraestrutura (R$ 9,1 bilhões), dos gastos dos turistas nacionais (R$ 346 milhões) e estrangeiros (R$ 102 milhões) e dos investimentos do Comitê Organizador Local (COL) no evento (R$ 311 milhões). Desses valores, obteve-se o efeito multiplicador na cadeia produtiva.
Foram ouvidas durante a consulta da FIPE 17 mil pessoas e analisados os gastos e investimentos por ocasião da realização do evento. Os investimentos feitos até a Copa das Confederações representam 77% do total previsto para as seis sedes do torneio de 2013 e 36% do total projetado para as 12 cidades-sede da Copa do Mundo. Os dados são baseados na versão de abril de 2013 da Matriz de Responsabilidades da Copa.
A capital mineira se destacou ainda no quesito geração de empregos. Das 303 mil vagas geradas no país, 55.878 foram de Belo Horizonte. O Ministério do Turismo explicou que esse dado considera o conceito “equivalente-homem-ano”, ou seja, não significa que a mesma quantidade de novos empregos foi necessariamente criada.
Parte dessa demanda por novos empregados pode ter sido suprida por horas extras, ou simplesmente, com o melhor aproveitamento dos empregados atuais. Desse total, 60% estão nas cidades-sede e 40% no restante do país.