Em tie-break de arrepiar, Unilever volta a bater Vôlei Amil e vai à nova final

Zé Roberto - Amil x Unilever - Playoff Semifinal da Superliga de Vôlei (Foto: Pedro de Souza/Vôlei Amil)
Zé Roberto - Amil x Unilever - Playoff Semifinal da Superliga de Vôlei (Foto: Pedro de Souza/Vôlei Amil)

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A Unilever está classificada à sua 10ª final consecutiva na Superliga Feminina. O Vôlei Amil, que entrou com força nesta temporada para mudar o panorama das previsíveis decisões do torneio, ficou para trás após sofrer a virada da equipe carioca na segunda partida da semi, na manhã deste sábado, no Maracanãzinho. Depois de um início ruim, o time de Bernardinho se recuperou, bateu as comandadas de José Roberto Guimarães por 3 sets a 2, parciais de 12-21, 21-15, 21-15, 18-21 e 16-14 e vai decidir o título no próximo dia 27 com vencedor do confronto entre Sesi-SP e Molico/Osasco. 

Foi o troco definitivo das cariocas no time de Campinas. Isso porque, na fase classificatória, o Vôlei Amil levou a melhor nos dois confrontos diretos com a Unilever. O resultado fez a festa dos seis mil torcedores que compareceram ao templo do voleibol. 

Um dos destaques do duelo foi a central Carol, que provocou estragos na recepção adversária com seu saque e anotou 16 pontos. A líbero Fabi recebeu o Troféu VivaVôlei de melhor em quadra. A ponteira Tandara, da equipe paulista, foi a maior pontuadora, com 19 acertos.

– Provamos que somos um time unido e com muito coração. No nosso grupo, estamos sempre torcendo uma pela outra e nunca deixamos de acreditar. É uma responsabilidade defender essa equipe, porque temos uma história e nosso treinador é eternamente insatisfeito. Trabalhamos muito duro e dez anos de finais consecutivas não acontecem por acaso – disse Fabi.

O JOGO

O nervosismo de uma semifinal ficou nítido nas duas equipes logo no início de partida. Do lado da Unilever, a recepção não entrava, e Sarah Pavan levava Bernardinho à loucura com duas invasões seguidas no ataque. Já o Vôlei Amil pecava com toques na rede e falhas nos passes de contra-ataque. Zé Robeto não poupou broncas em Angélica em uma dessas ocasiões.

Mas o time de Campinas se saiu melhor nas definições dos pontos. Com dois ataques firmes de Natália em sequência, abriu 12-6 no placar. Claudinha direcionou bem os saques nas ponteiras da equipe carioca e aumentou a diferença para sete pontos. Enquanto as donas da casa tinham seus golpes amortecidos pelo bloqueio paulista, Natália seguia brilhando. Na china de Walewska, o Amil fechou o set em 21-12.

A Unilever tentou reencontrar a força do primeiro duelo a partir dos bloqueios. Juciely marcou bem o ataque de Kristin para fazer 5-3 na segunda etapa. A confiança foi voltando, e o cenário do primeiro set se inverteu. Enquanto Bernardinho cobrava suas comandadas para que não perdessem o foco, Zé recorria ao banco. Mas o nome do set era Carol, bem acionada no ataque e efetiva nos saques.

A torcida passou a gritar mais alto, ao perceber uma Unilever muito diferente em quadra. Gabi e Sarah Pavan, antes apagadas, também cresceram na partida. O placar chegou a marcar 18-9. Nome do jogo no confronto realizado em Campinas, a sérvia Mihajlovic decidiu. E as cariocas chegaram ao empate após um erro de levantamento das campineiras (21-15).

O terceiro set começou como terminou o anterior. A mesma Carol que havia feito estrago na recepção do Vôlei Amil voltou a aparecer no saque e levou a Unilever à vantagem de 5-2. Para tentar equilibrar o jogo, Claudinha recorria à Natália, que correspondia, apesar da desvantagem. Mas diante da baixa eficiência das demais atacantes, ficou difícil mudar o rumo do jogo e parar Mihajlovic, que atacou para fazer 21-15. Ze chegou a perder a paciência com sua levantadora e falou para ela "largar de ser burra".

O Vôlei Amil mostrava-se cada vez mais perdido. Carol, novamente ela, roubou a cena no saque para colocar a Unilever em vantagem no quarto set. Nem mesmo o bloqueio triplo das paulistas armado sobre Gabi conseguia se entender com a defesa para parar a baixinha. A equipe carioca foi à parada técnica vencendo por 7-5. 

Desta vez, a equipe de Zé Roberto não se abalou fácil. Num bloqueio de Claudinha sobre Gabi, as campineiras encostaram no marcador, fazendo 12-13.  Á medida que as visitantes cresciam, a torcida que viajou de Campinas até a capital carioca tentavam competir com os gritos do público local. Tandara correspondeu e virou o placar para 18-17. A Unilever abusou dos erros e perceu a parcial por 21-18 após um erro de Mihajlovic.

No tie-break, o Vôlei Amil parecia mais solto, comandado por bons ataques de Tandara e uma grande defesa de Michelle. Mas Sarah Pavan não deixou as paulistas abrirem e largou o braço pelo fundo para colocar seu time à frente, com 5-4. Cada acerto dava mais ânimo para as atletas de Bernaridinho na busca pela vaga.

No fim, o Amil passou à frente, mas a Unilever buscou a virada. Em seguida, uma sucessão de erros, com Kristin e Tandara, facilitou para as cariocas. Sarah ganhou disputa na rede e deu a vitória, bem como a classificação ao time de Bernardinho.

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