Testemunhas são ouvidas e ‘caixa- preta’ da Arena Corinthians é recolhida

Brazuca 2014 (Foto: Divulgação/ Adidas)
Brazuca 2014 (Foto: Divulgação/ Adidas)

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No dia em que a Arena Corinthians foi oficializada pela Fifa, apesar dos possíveis atrasos, como sede da abertura da Copa do Mundo de 2014, o acidente com duas vítimas fatais ocorrido na última quarta-feira segue em investigação. O delegado responsável pelo caso, Luiz Antônio da Cruz, do 65º Distrito Policial de São Paulo, ouviu mais duas testemunhas nesta terça-feira, mesmo dia em que o HD com informações sobre o guindaste que desabou teve cópias distribuídas.

O guindaste usado para colocar a última peça da cobertura da Arena Corinthians possuía um mecanismo de armazenagem de informações de operação, uma espécie de "caixa-preta", e a Polícia solicitou o material. Três cópias foram feitas, sendo que uma está com o Instituto de Criminalística; outra com a Locar - empresa terceirizada responsável pelo guindaste - e a última foi embarcada para a Alemanha, sede da Liebherr, empresa fabricante do guindaste, que vai elaborar um parecer e enviar à Polícia nos próximos dias.

- Nesta terça, avançamos no inquérito, ao saber que o Instituto de Criminalística não precisa mais do local e já liberou aquela parte do estádio. No nosso setor, da Polícia Civil, está liberado, mas não podemos falar a respeito do setor trabalhista, da Defesa Civil, ou de outros órgãos que podem requerer. Além disso, a máquina da Liebherr está à disposição do Instituto de Criminalística em Guaratinguetá-SP. Se houver necessidade, ela ficará guardada neste local - afirmou o delegado Luiz Antônio da Cruz, ao LANCE!Net.

O delegado ainda revelou os nomes das duas testemunhas ouvidas nesta terça-feira: a primeira foi Ricardo Corregio, engenheiro civil que exerce o cargo de gerente administrativo da Arena Corinthians e é presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) do estádio. Corregio acompanhou toda a movimentação da Polícia Científica após o acidente, mas não estava presente na hora do desabamento do guindaste.

A outra testemunha foi Walter Luiz Pedroso, funcionário da Odebrecht encarregado da parte de montagem. Pedroso acompanhou a maior parte da operação e atestou que José Walter Joaquim, operador da máquina no momento do acidente, é um profissional gabaritado, com mais de 20 anos de serviço e uma série de certificados. O depoimento do operador está marcado para quinta-feira.

PRÓXIMAS ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO:

Segundo o delegado Luiz Antônio da Cruz, a terça-feira foi de avanços na investigação, mas ainda é impossível ter qualquer tipo de conclusão.

- Mandamos ofícios a todas as empresas e órgãos que precisam dar esclarecimento. Estamos colhendo testemunhos preliminares, mas há a dependência do conjunto probatório. Nesse momento, estou "loteando" o inquérito com a colaboração de todos. Dentro de uma semana, devo estar com a oitiva do operador e a investigação orientada - afirmou.

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