Terreno do novo autódromo ainda tem artefatos explosivos


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A presença de bombas no terreno escolhido para abrigar o futuro Autódromo Internacional do Rio, em Deodoro, área militar, pode ser o principal entrave para a construção da instalação. Após revelar na terça-feira que o governo federal paralisou todas as obras e projetos referentes no local, o L!Net apurou que a descontaminação da área não foi concluída.

Por causa da presença dos artefatos, o governo federal optou por parar de fazer gestões para cassar a liminar que impede a realização de obras no local. O Ministério Público (MP) conseguiu a proibição judicial após considerar o terreno como área de proteção ambiental e afirmar ser necessário a apresentação de um estudo ambiental para qualquer intervenção.

Mas o uso de tropas militares no reforço à segurança nas favelas do Rio, fez com que o trabalho de limpeza do terreno fosse interrompido. A presença de bombas no local ocorre porque em 1958, ocorreu a explosão de alguns paióis que lançaram os artefatos no solo.

Com o tempo, as bombas foram encobertas e muitas não foram achados. As explosões duraram 72 horas e estima-se que 27 milhões de munições foram detonadas.

– Desconheço a informação de que as bombas são um problema. O trabalho atrasou, por causa do auxílio dado à segurança no Rio, mas no primeiro trimestre de 2015 o terreno estará limpo – disse o secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser.

Leyser afirmou que os trabalhos estão cancelados temporariamente até que a liminar do MP seja cassada. O processo saiu da instância estadual e, em julho, foi para a federal.

– Não realizaremos até mesmo o estudo ambiental, como admitimos fazer. Porque se ganharmos a questão ainda poderemos ser processados por gastar o dinheiro público em uma análise técnica que não será usada – justificou Leyser.

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APO não vai interferir na questão

Responsável por monitorar o andamento das obras para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), general Fernando Azevedo e Silva, não vê competência para fazer gestões em prol da construção do Autódromo Internacional do Rio. Destacou que a instalação não integra a lista de legados das competições.

Apesar do discurso do general Azevedo e Silva, que nesta quarta-feira completa um ano à frente da APO, o Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá, só foi destruído para a construção do Parque Olímpico dos Jogos Rio-2016 com a promessa de um novo ser erguido.

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