Tarde de ‘abraçaço’ com tempero mexicano no Castelão: ‘Canta e não chore’

Brasil x México (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)
Brasil x México (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)

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O dia 19 de junho de 2013 ficou marcado pelo Hino Nacional à capela, que ajudou a formar a identidade da atual Seleção, em Fortaleza, na Copa das Confederações. O dia 17 de junho de 2014, do empate em 0 a 0 entre Brasil e México, pela segunda rodada do Grupo A da Copa do Mundo, será lembrado pelo “abraçaço” na arquibancada, mas principalmente pelo show de quem veio de longe: os mexicanos.

O pedido do capitão Thiago Silva foi atendido, com vários torcedores abraçados e perfilados como os atletas antes do jogo. O Castelão tremeu na hora do Hino, talvez até com mais força do que em 2013. Arrepiou e emocionou jogadores, torcedores e jornalistas presentes. A diferença para o ano passado era que, desta vez, apesar de o adversário ter sido o mesmo, havia invasores tricolores na festa brasileira.

Ao menos três grandes manchas em branco, verde e vermelho impediram que o Castelão fosse apenas amarelo. O hino mexicano ecoou forte. Em vários lugares do estádio, no pré-jogo, havia a impressão de que o duelo seria disputado no Azteca, na Cidade do México. Mexicanos fanáticos, animados e barulhentos por todos os lados.


A inferioridade numérica na arquibancada não significou perda aos visitantes no quesito pressão. Mais que isso: significou até vitória em vários momentos do jogo.

O “padrão Fifa”, um dos responsáveis por acabar com clássicos “meio a meio” no país, proporcionou uma sadia competição de gritos de guerra e vaias no Castelão. Os mexicanos berraram o seu “puuuuto” a cada batida de bola de Julio Cesar como se estivessem em casa. Os brasileiros passaram a responder ao mesmo estilo nas reposições de Ochoa.

“México! México! México!” por muitas vezes abafaram os gritos de “Brasil! Brasil! Brasil”. Nem “olé” os mexicanos esqueceram de gritar. Faltam cantos aos brasileiros, sem criatividade até com uma Copa em casa. Sobram aos tricolores. O tradicional “ay, ay, ay, ay, canta y no llores” (canta e não chore) ditou o ritmo não foram poucas as vezes.

O torcedor brasileiro começou a partida ganhando com o hino, mas perdeu na arquibancada à base do “le le ô, Brasil!”. Ao apito final, frustração brasileira. O apimentado tempero mexicano prevaleceu. Com alguns deles ainda cantando que Oribe Peralta é melhor do que Neymar.

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