Setor de ‘dobradinha’ inédita em Copas é motivo de alerta na Seleção

Maicon - Treino da Seleção Brasileira (Foto: Ari Ferreira/ LANCE!Press)
Maicon - Treino da Seleção Brasileira (Foto: Ari Ferreira/ LANCE!Press)

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A defesa brasileira, com apenas dois gols sofridos em seis jogos em 2014, é o ponto alto da Seleção Brasileira. O sistema defensivo foi vencido só cinco vezes nas 13 partidas que fez após a Copa das Confederações. Todas falhas fatais deste ano, no entanto, aconteceram pelo lado direito, setor que pode ser explorado pelos chilenos.

Dos cinco pós-título, um gol – contra do lateral-direito titular Daniel Alves – foi após jogada pela esquerda da Suíça, um em chute de fora área de Vargas, do Chile, e outro contra, do reserva Maicon, em jogada pelo meio de Portugal, todos em amistosos em 2013.

Os dois que o Brasil levou na Copa do Mundo começaram em jogadas em cima de Daniel, que tinha o volante Paulinho caindo do seu lado, contra Croácia e Camarões. O volante deve perder a vaga para Fernandinho nas oitavas de final. Já o lateral vai continuar no time.

Daniel Alves não apresentou problemas defensivos na Copa das Confederações. Todos os três gols sofridos na campanha do título partiram de jogadas de outro setor. Os laterais Isla e Mena, do Chile, são as principais fontes de jogadas do adversário de sábado, no Mineirão.


– Nossa seleção não se resume aos laterais, temos um time equilibrado – afirmou o lateral-direito titular, que fugiu de análises individuais após a vitória por 4 a 1, na segunda.

Pela primeira vez na história das Copas, a Seleção repetiu os dois convocados da lateral direita. Em 2010, Maicon era o titular, com Daniel, também utilizado no meio, fazendo sombra. Após quatro anos, é Maicon que busca um espaço nos treinamentos da equipe em Teresópolis.

Antes da dupla tomar conta da posição, Cafu foi o dono absoluto do setor nas Copas de 1998, 2002 e 2006, com reservas diferentes: Zé Carlos, Belletti e Cicinho, respectivamente. Cafu foi o substituto de Jorginho na conquista do tetra em 1994.

Na segunda “era Felipão”, que começou no início de 2013, a origem dos gols sofridos pela equipe é equilibrada. A balança só passou a pender para a direita nesta temporada, algo que já foi visto e alertado também na preparação da Seleção para a Copa, na Granja.



BATE-BOLA  Daniel Alves
‘Não fazemos análises individuais’

Como você avalia a sua última atuação na vitória da Seleção Brasileira sobre Camarões?
Não vamos analisar atuações individuais. O esporte é coletivo, individual se fala em esportes individuais. Futebol é diferente. As avaliações são do time. Temos de valorizar a nossa atuação, estamos evoluindo na competição e tivemos uma boa nota.

O Brasil tirou um peso das costas por conseguir uma goleada antes de entrar nas oitavas de final?
Não tinha peso. A gente sabe que estamos disputando uma Copa do Mundo, onde todos querem ganhar, todos jogam, todos pressionam, colocam tudo que têm em cada partida. Os rivais estudam, treinam em função dos adversários, é uma competição de alto nível.

COPA 2010

Daniel Alves
Lateral foi convocado por Dunga para ser reserva de Maicon, mas acabou fazendo jogos como titular em outras funções: jogou uma vez no meio e duas de lateral-esquerdo.

Maicon
Lateral foi titular em todos os cinco jogos na África e fez o primeiro gol do Brasil, contra a Coreia do Norte.

COPA 2014

Daniel Alves
Foi titular e jogou todos os minutos nos três jogos do Brasil na primeira fase. Teve falhas contra Croácia e Camarões e fez um bom jogo contra o México.

Maicon
Aposta de Felipão por causa da experiência, ainda não saiu do banco de reservas. Brigou por um lugar na Copa até as últimas convocações de Scolari.

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