Secretário-geral da Conmebol minimiza agressões racistas a Tinga

Homenagem a Carlinhos - Fluminense (Foto: Reprodução do Facebook)
Homenagem a Carlinhos - Fluminense (Foto: Reprodução do Facebook)

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Para o secretário-geral da Conmebol, José Luis Meiszner, a manifestação direcionada a Tinga por parte do torcedores do Real Garsilaso, que tentavam imitar sons de macacos toda vez que o brasileiro tocava a bola, não se tratou de uma agressão racista. O dirigente foi além, a colocou o povo sul-americano como exemplo de tolerância racial. Meiszner acredita que os torcedores, em geral, são apenas mal educados.

- Um moreno peruano imitando macaco para um brasileiro um pouco mais escuro do que ele não é discriminação racial. É sim uma provocação mal-educada - disse o cartola à Folha de S. Paulo, baseando-se em um perfil étnico sul-americano para defender a tese:

- Não devemos reagir como os europeus. Somos filhos de uma mistura de brancos, índios e africanos - continuou o argentino.

Meiszner não acredita que se trate de preconceito, e sim apenas ignorância por parte dos sul-americanos, "o povo mais mal-educado do mundo".

- Nós, os sul-americanos, não somos racistas. Somos sim o povo mais mal-educado do mundo. Nos falta até mesmo cultural para, filosoficamente falando, provocarmos discriminação racial.

Apesar da convicção do secretário-geral, e a Conmebol abriu investigação sobre o caso há mais de um mês e, segundo o presidente do Tribunal de Disciplina da Conmebol, o brasileiro Caio César Rocha, que falou à Rádio Itatiaia, uma decisão deve sair na próxima segunda-feira.

- Acredito que o tribunal vai analisar o nível da gravidade, mas com intenção de proferir uma pena didática, não muito radical - disse o mandatário.


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