‘Robocop’ do Peixe, Cicinho desarma, joga de ponta e ‘não larga o osso’

Indestrutível, Cicinho encarna Robocop (Foto: Arte/L!Net)
Indestrutível, Cicinho encarna Robocop (Foto: Arte/L!Net)

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O ataque do Santos, tal como um robô, é uma máquina planejada em seus mínimos detalhes. Dois volantes fazem a proteção da defesa e iniciam as jogadas. Um armador cria, ainda que não seja essa sua função original, e três atacantes têm a obrigação de correr e finalizar para que o mecanismo não fique sujeito a falhas. Só que esse time tem um segredo guardado a sete chaves. Não pelo governo americano, como na trama do Robocop, mas pelo ofensivo treinador alvinegro, Oswaldo de Oliveira.

Neste domingo, às 18h30, o Santos recebe o Oeste na Vila Belmiro, pela 13ª rodada do Campeonato Paulista, e o lateral-direito Cicinho está escalado para se tornar o único jogador do Peixe a atuar em todas as partidas da temporada até o momento. Fisicamente inteiro, mesmo com a sequência desgastante, o lateral é o segredo da engenharia tática de Oswaldo. Isso porque ele não tem atuado como lateral, sua função primordial, mas como ponta-direita.

– É isso mesmo. O Oswaldo pede, é a nossa estratégia. Se você prestar atenção, essa é a nossa maneira de sair jogando – afirmou Cicinho, quando a reportagem do LANCE!Net mostrou ao jogador os mapas de calor do Footstats, que mostram seu posicionamento bem adiantado.

– Ele me colocou para jogar na frente, e estou sempre ao lado do Geuvânio. Espero dar continuidade.

O lateral de 25 anos foi contratado pelo Peixe em junho de 2013, ficou dois jogos na reserva e, logo depois da tragédia dos 8 a 0 para o Barcelona, já voltou ao Brasil como titular.

– O Oswaldo sabe a hora em que deve me trocar ou me poupar, mas vou estar sempre apto. Se eu ficar sossegado, o Bruno Peres entra e joga. Graças a Deus estou jogando todos e suportando bem. Espero que seja assim até as finais – afirmou.

Mesmo atuando como ponta-direita e sendo o segundo jogador com mais assistências do Santos no Paulistão, Cicinho lidera uma estatística defensiva na equipe: ele é líder em número de desarmes.

— Não sabia, mas isso aí também tem o dedo do Oswaldo. Ele pede para, quando a gente perder a bola no ataque, pressione logo para tentar recuperar. Estamos nos adaptando a essa maneira de jogar – relatou.

Com 30 gols em 12 jogos, ataque digno de ficção científica, o Santos, desfalcado, só não pode dar pane.

BATE-BOLA com Cicinho
Lateral-direito do Santos, ao LANCE!Net

Como reage sabendo que, com o Aranha suspenso, você é o único a jogar todas no Paulistão-2014?
Apesar do pouco tempo de pré-temporada, a gente procura se preparar ao máximo para estar bem quando chegar a fase decisiva. Já tinham me alertado disso.

Não pensa em descansar?
É normal. Quando chego em casa e descanso já melhora. Minha obrigação é estar preparado para jogar todos. Sei que tem grandes jogadores na reserva, e é bom ter a sombra do Bruno Peres para me dedicar sempre ao máximo.

Você está jogando mais adiantado, como mostra o mapa?
Às vezes sim, quase como um ponta. Lateral tem que marcar sem a bola e quando recuperar chegar bem ao ataque. É um dos meus pontos fortes no time.

O Oswaldo mudou seu posicionamento nesta temporada?
Ele é experiente, está há 40 anos no futebol, e percebeu minha característica ofensiva. Ele fez uma estratégia para eu chegar sempre no ataque e dar suporte ao meio.

E quem te cobre?
Sempre que eu estou ali e não posso voltar, tem o Arouca e o Neto que fazem aquele lado. Ataco com tranquilidade pois sei que se der errado tem eles para ajudar. Procuro sempre melhorar.

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