Relembre a campanha (e as polêmicas) de Dunga no Inter, seu último trabalho


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A terça-feira será de retorno. Primeiro, ao comando da Seleção Brasileira. E também ao trabalho. Dunga será anunciado pela Confederação Brasileira de Futebol como novo treinador. E voltará a ser técnico de futebol depois de quase um ano de sua demissão no Internacional, único clube que trabalhou na carreira. Foram cerca de nove meses no comando do clube gaúcho, com um título conquistado, 59,6% de aproveitamento e algumas polêmicas acumuladas.

Dunga foi anunciado pelo Colorado ainda em dezembro de 2012. Foi apresentado com pompa, na cobertura do hotel Blue Tree Towers, com vista para o Beira-Rio. Ganhou uma camiseta com seu nome e o número 8 e posou ao lado do presidente Giovanni Luigi com o Beira-Rio em obras ao fundo.

Seu começou foi bom. O Inter voou no Gauchão e ganhou os dois turnos da competição, sagrando-se campeão estadual antecipado. No Brasileirão, o time gaúcho chegou a liderar a competição, após enfileirar quatro vitórias consecutivas. Mas as vendas de Fred e Rodrigo Moledo complicaram o cenário. O técnico não conseguiu criar alternativas táticas e o time gaúcho caiu de rendimento, com desempenhos ruins.

Com o passar das rodadas, Dunga também não conseguia por a mão na massa. Por conta da sequência de jogos, passou um longo período sem conseguir fazer trabalhos táticos e coletivos. Acabou demitido após uma derrota para o Vasco, que fechou uma série de cinco jogos sem vencer, em Macaé ainda no Rio de Janeiro, no dia 4 de outubro. Acumulou 52 jogos oficiais, com 25 vitórias, 18 empates e 9 derrotas - aproveitamento de 59,6%. Ainda venceu um amistoso em Rivera, na fronteira do Uruguai com o Rio Grande do Sul, contra o Cerro.

POLÊMICAS FORA DE CAMPO

Na caminhada, Dunga protagonizou diversos momentos extracampo. No Gauchão, criticou o gramado sintético do Estádio Passo D'Areia, do São José, dizendo que "se grama sintética fosse boa, vaca pastava". Depois, ao ser expulso por Francisco Neto, afirmou que havia um complô contra ele e que o ato foi premeditado. Chegou a se abaixar no microfone de transmissão da televisão para gritar "Fizeram uma reunião para me f... Perguntem para o Guerrinha", fazendo referência ao comentarista Adroaldo Guerra Filho, da Rádio Gaúcha.

Durante um treinamento, se irritou com um fotógrafo que registrava momentos de bola parada no trabalho, quando a comissão técnica havia solicitado que não fosse feito imagens. Também pediu a retirada de um vídeo do vestiário do Internacional na comemoração do título gaúcho da internet.

Além disso, Dunga levou um dossiê com matérias e postagens no Twitter para reclamar de críticas dos repórteres Jeremias Wernek, do Uol, e Fabrício Falkowski, do Correio do Povo. Algumas semanas depois, se incomodou com uma pergunta feita pelo repórter Rodrigo Oliveira, da Rádio Gaúcha, sobre o meia Dátolo e insinuou que o jornalista estava recebendo "presentes" para indagar sobre o argentino. Depois, afirmou que fazia uma brincadeira.

Também discutiu com o humorista Marcius Melhem, que disse que Dunga deveria ser banido do esporte no Redação Sportv, do canal fechado. O técnico afirmou que "cada palhaço" deveria ficar "no seu picadeiro". O comentário do humrista aconteceu por conta de um episódio de cobrança do treinador com um gandula em duelo com o Botafogo.

Internamente, o treinador também teve alguns problemas. Foi voz direta no afastamento do assessor de imprensa, José Evaristo Villalobos, conhecido como Nobrinho. Também não tinha boa relação com o diretor-executivo Newton Drummond, o Chumbinho. E foi voto vencido na tentativa de contratação do centroavante Adriano Imperador. Era entusiasta da contratação, que esteve próxima de se concretizar, mas foi barrada após exames médicos.

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