Reconhecimento de criminosos é possível e pode inocentar Mogi

Laudo de segurança emitido pela FPF (Foto: Reprodução)
Laudo de segurança emitido pela FPF (Foto: Reprodução)

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Após prometer recurso para anular a punição que interdita seu estádio por tempo indeterminado, o Mogi Mirim tem outro argumento de defesa para se livrar de pena esportiva em razão das injúrias racistas cometidas contra o volante Arouca na partida desta quinta-feira, quando o clube do interior foi goleado por 5 a 2 pelo Santos. O clube já recolheu e enviou imagens das arquibancadas e da saída dos vestiários do Romildão para a Federação Paulista de Futebol, e o reconhecimento dos torcedores que proferiram injúrias racistas pode até inocentar o clube das punições.

Logo após o fim da partida, na noite desta quinta-feira, o jogador do Santos se dirigia aos vestiários quando um grupo de cerca de dez torcedores começou a proferir ofensas racistas enquanto Arouca dava entrevista a emissoras de rádio. No momento da ação, o policiamento militar não conteve os exaltados. No entanto, segundo o laudo de segurança da FPF (que tem validade até outubro deste ano), as câmeras de segurança instaladas no estádio conseguem reconhecer torcedores.

Com as imagens, o Mogi Mirim pretende livrar-se da interdição do estádio e de possíveis multas, perdas de pontos e até expulsão do Campeonato Paulista, que são penas previstas no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Caso os rostos de torcedores sejam, de fato, identificados, as imagens podem ser usadas como atenuantes da pena e até como razão para o clube ser inocentado. A diretoria do Mogi também pretende impedir a entrada nos estádios dos torcedores envolvidos na confusão.

Pelo que o LANCE!Net apurou, o Romidão tem sete câmeras de segurança na área em que foi registrada a ocorrência, sendo uma de 360º e mais seis fixas. Segundo o jornal O Impacto, de Mogi Mirim, a sala com as telas das filmagens fica ao lado da cabine de imprensa do estádio, e as imagens já teriam sido retiradas por fiscais da FPF.

Rivaldo, presidente do Mogi Mirim, disse que pretende auxiliar nas investigações e reconhecer os criminosos - o crime de injúria racial tem pena de no máximo oito anos. Odílio Rodrigues, mandatário máximo do Santos, encaminhou pedido de abertura de inquérito ao TJD-SP, já que a ocorrência não foi registrada pelo árbitro Vinicius Gonçalves Dias na súmula da partida.


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