Quem é ele: Felipe Nasr foi projetado desde a infância para ser piloto

Felipe Nasr vence na GP2 pela 4ª vez no ano, agora em Spa na Bélgica. (Foto: Paolo Pellegrini)
Felipe Nasr vence na GP2 pela 4ª vez no ano, agora em Spa na Bélgica. (Foto: Paolo Pellegrini)

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Para ser piloto de Fórmula 1 hoje em dia, só o talento não basta. Ter um patrocinador forte ao lado é quase exigência. E estar aliado a pessoas importantes nos bastidores também. Foi com este pacote que o brasileiro Felipe Nasr chegou à Fórmula 1.

Anunciado como titular da equipe Sauber em 2015, o brasiliense foi projetado desde a infância para ser um piloto. Seu início foi aos sete anos, no kart. E seu "padrinho" estava dentro da própria família.

Seu tio, Amir, tem uma equipe própria de automobilismo baseada em Brasília. Hoje o time compete no Campeonato Brasileiro de Marcas, mas já esteve na Stock Car e na Fórmula 3 Sul-Americana. Em seu site oficial, a Amir Nasr Racing se orgulha em dizer que revelou nomes como Helio Castroneves e Vitor Meira, e que contribuiu no desenvolvimento de corredores como Luciano Burti e Cristiano da Matta, entre outros. Felipe Nasr, como não poderia ser diferente, foi mais um a receber grande apoio.

Tricampeão brasileiro no kart em 2004, 2006 e 2007, Felipe disputou duas provas em 2008 da Fórmula BMW Americas pela Amir Nasr Racing. No ano seguinte, chegou a vez de colocar o pé na Europa, lugar obrigatório para todo piloto que quer chegar à Fórmula 1. Logo de cara, ele foi campeão da Fórmula BMW Europa, com cinco vitórias.

Em 2010, veio outro grande passo na carreira. Nasr entrou na Fórmula 3 Inglesa na equipe Raikkonen Robertson Racing, e ganhou novos "padrinhos" de renome. O primeiro sobrenome é de Kimi Raikkonen, campeão da Fórmula 1 em 2007 pela Ferrari e sócio do time. O segundo é de Steve Robertson, empresário influente na F-1.

Robertson alçou à categoria máxima do automobilismo o próprio Raikkonen e também Jenson Button (campeão em 2009), entre outros. O empresário gerencia a carreira do brasileiro até hoje e foi peça fundamental na chegada de Nasr à F-1.

Em 2011, Nasr subiu mais um degrau, ao ser campeão da Fórmula 3 Inglesa, uma das principais "escolas" do automobilismo internacional. Ali, ele mostrou que era um piloto acima da média. Para se ter uma ideia, ele igualou o feito de Ayrton Senna, Rubens Barrichello e Gil de Ferran ao levar o título.

A Fórmula 3 Inglesa ficou pequena para Nasr, e com isso ele deu o último passo para chegar na Fórmula 1. Em 2012, ele fez sua primeira temporada na GP2, uma espécie de "divisão de acesso", já que as duas categorias são realizadas em conjunto, nas mesmas pistas.

Seu melhor ano na GP2 é o atual. Piloto da equipe Carlin, Nasr ocupa a vice-liderança e não pode mais alcançar o já campeão Jolyon Palmer na etapa final, em Abu Dhabi. De qualquer forma, a entrada dele na Fórmula 1 já estava bem encaminhada, ao ser chamado pela Williams para ser o piloto reserva do time em 2014.

Atrás do volante, Nasr mostrou talento ao conquistar títulos, e contou com apoiadores importantes, como Steve Robertson. Faltava então o dinheiro de um patrocinador forte. E ele veio. O brasiliense estampa em seu site oficial o apoio de seis empresas, a principal delas o banco Banco do Brasil. Será com dinheiro da estatal que Nasr realizará seu sonho de correr na Fórmula 1 como titular da Sauber em 2015.

Felipe Nasr, ao centro, exibe taça conquistada em vitória na GP2 (Foto: Divulgação)

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