Quase ‘novato’ na Seleção Brasileira de Vôlei, Lipe vira o símbolo da raça


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Ele não é o mais conhecido dos jogadores, o mais técnico ou o mais experiente, mas o que Lipe leva às quadras vem fazendo a diferença para a Seleção Brasileira Masculina de vôlei nas primeiras rodadas da Liga Mundial: a raça.

Amanhã e sábado, no ginásio do Ibirapuera, o time buscará a reabilitação contra o Irã pela terceira rodada da Liga. Até o momento, a equipe vem de três derrotas em quatro jogos em casa (duas para a Itália e uma para a Polônia).

Na única vitória brasileira, na primeira partida contra a Polônia, Lipe foi o destaque da equipe. Ele entrou em quadra em um momento difícil e motivou  os colegas, com gritos de incentivo e jogadas de raça. Isso  ajudou  o Brasil a sair da partida mais “solto” e, principalmente, com a vitória.

– É um momento na minha carreira em que estou muito feliz com o que faço. Treinando com uma qualidade muito boa, entrando bem nos jogos... Então, não estou muito preocupado se vou ser titular, reserva ou se estarei fora da quadra devolvendo as bolas. Estou pronto para o que tiver de fazer e isso me deixa feliz – comentou Lipe, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net.

Até hoje, Lipe não conquistou títulos expressivos ou esteve presente em convocações importantes da Seleção. Sua única medalha de ouro foi no Pan de Guadalajara-2011.

Com a convocação para a Liga e as boas atuações, o ponteiro já pode sonhar com um período mais longo vestindo a camisa da Seleção. Sua
postura é elogiada pelos colegas.

– É essencial, ele é um motivador, dá gás para o time. Às vezes o time está meio pra baixo e ele entra, chama todo mundo, isso contagia e o time vai com ele. Com certeza ele será uma grande arma – comentou o oposto da equipe, Wallace.

Agora, resta saber até quando o papel motivacional do ponteiro na Seleção Brasileira irá surtir efeito. Mas, de uma maneira ou de outra, fica claro que, se essa equipe ainda não tem uma cara formada, pelo menos já tem  a raça de Lipe.

Bate-Bola com Lipe, o ponteiro da Seleção Brasileira:

- O que é mais importante em quadra, a técnica ou a raça?

No que vi nos dois jogos contra a Itália e Polônia, estávamos jogando de uma forma devagar, muito morno. Faltou gás, mas agora as coisas se equilibraram.
 
- Com os treinos, a fase da Seleção Brasileira vai melhorar?

Já mudou. Com o que vi antes e estou vendo essa semana, mudou muito. Era normal sofrer no começo, mas agora estamos melhorando.

- Ser o motivador da equipe. É esse seu papel na Seleção?

Um deles, com certeza. Não estou aqui só pra isso, mas todos sabem que sou mais extrovertido e, no treino, procuro fazer isso. O que passo nos treinos é o que faço no jogo.

- Como você se vê no elenco?

Estou muito feliz de estar aqui, treinando bem e na Seleção Brasileira. Desempenhando o que tiver que desempenhar, pela Seleção, pelos meus colegas que estão aí, ralando todo dia... O importante é isso, e acho que a felicidade é o que está me fazendo jogar bem.

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