Projeto e ‘olheiro’ fizeram Damião escolher o Santos, diz empresário

Atlético-PR goleia e rebaixa o Vasco para a Série B (Foto: Paulo Sérgio/ LANCE!Press)
Atlético-PR goleia e rebaixa o Vasco para a Série B (Foto: Paulo Sérgio/ LANCE!Press)

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Sandro Orlandelli. Talvez boa parte da torcida santista não faça ideia de quem seja esse homem, mas ele foi determinante para a contratação de Leandro Damião pelo Peixe. No clube desde o começo deste ano para ser observador técnico - ou "scout", como é chamado -, ele insistiu que o atacante ex-Internacional era o jogador ideal para vestir a camisa 9 alvinegra e até ajudou nas negociações.

A informação foi revelada por Vinicius Prates, empresário de Damião, que apontou Sandro como um dos principais responsáveis pela escolha do centroavante de ir para a Vila Belmiro. Ele também elogiou o projeto apresentado pela diretoria alvinegra:

- Tenho ótimo relacionamento com o Sandro Orlandelli. A gente já vem conversando há um bom tempo. Depois passei a falar com o André Zanotta (superintendente de esportes do Peixe) e com o presidente Odílio Rodrigues. O projeto desportivo fez o Leandro ter essa escolha. Ele teve a oportunidade de jogar em alguns times da Europa, mas nenhum destes clubes fez planejamento tão bom para ele jogar a Copa do Mundo como o Santos - destacou.

- O Sandro é um profissional muito gabaritado, começou como ele esse namoro. Ele conhece o Leandro desde que jogava no Inter B, é um excelente scout, entende da questão física, técnica e mostrou pontos que, se o Leandro aprimorar, vai ser um dos melhores do mundo - completou Prates.

Orlandelli tem 44 anos de idade, fala seis idiomas, cursou Educação Física e fez pós-graduação em Fisiologia do Esporte e Gestão Estratégica de Negócios. Formou-se também como treinador profissional pela Federação Inglesa de Futebol, vinculada à UEFA (União das Federações Europeia de Futebol). No entanto, seu último trabalho no Brasil, como diretor de futebol do Atlético-PR, não foi muito bem-sucedido. Ele passou sete meses no clube, contratou 12 atletas e poucos vingaram. Por divergências com a diretoria, ele deixou o Furacão em junho de 2012.

Antes, Orlandelli fez estágio no time amador do São Paulo, trabalhou no Corinthians, no Yokohama FC, do Japão, e no Saint Etienne, da França. No Al-Hillal, da Arábia Saudita, foi auxiliar técnico e preparador físico, e no Malmo, da Suécia, trabalhou com o sub-15.

O observador técnico não atendeu aos contatos telefônicos da reportagem do LANCE!Net.

VEJA UM BATE-BOLA EXCLUSIVO COM VINÍCIUS PRATES:

Além do projeto apresentado e da sua relação com o Sandro, o que pesou na escolha pelo Santos?
O jogador sempre teve vontade de ir para a Europa. Teve essa possibilidade, a chance era grande, mas o Odílio e o André foram muito verdadeiros conosco, e o que demonstraram nos agradou muito. Além disso, toda a família do Leandro está em São Paulo e a mulher dele está grávida.

Você falou de um projeto apresentado pelo Sandro. A que se refere isso? Questões físicas e técnicas do Leandro ou a montagem de um time em função dele?
É um pouco de cada coisa. O Damião é um centroavante com características escassas no mercado, que precisa de um time com certa característica para dar certo, e isso faz parte do projeto. O que eles nos passaram sobre o grupo que está sendo elaborado para esse ano nos chamou atenção. A passagem dele no Santos tem tudo para ser vitoriosa.

Ele tem um sonho de jogar na Europa. Isso foi adiado por muito tempo ou pode ocorrer já depois da Copa do Mundo?
Agora o Leandro é jogador do Santos e é passo a passo. Ele tem que recuperar a forma antiga dele, já sabemos o que precisa ser feito e o primeiro passo é focar no Santos, jogar o Paulista e depois voltar a despertar o interesse da Seleção. Não nos damos por vencidos nessa luta. Posso dizer que o Leandro abriu mão de ganhar dinheiro na Europa para ser ídolo no Santos.

Você conhecia o Doyen antes dessa negociação? O que pode falar deste fundo?
O Doyen, na verdade, foi um garantidor do negócio. O Inter antes teve proposta de um investidor, mas agora é diferente. O negócio foi feito com o Santos. Eles têm um contrato com o Santos, como se fosse um banco. Portanto, não é um negócio feito com o Doyen, mas com o Santos.

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