Procurador do STJD se defende e detona autoridades após vazamento de grampos


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Procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt não gostou nem um pouco de ter seu nome associado à farra dos ingressos da Copa do Mundo do Brasil. Ele foi investigado pela polícia do Rio de Janeiro, mas acabou não denunciado por falta de provas. Os grampos telefônicos utilizados pelas autoridades durantes as investigações foram obtidos e publicados pela ESPN no início desta semana.

Em entrevista ao LANCE!, o procurador negou ter revendido ingressos do Mundial. Schmitt alegou ter comprado ingressos por meio de um sistema disponibilizado pela CBF a membros de tribunal. Ademais, ele criticou a publicação dos grampos telefônicos pela imprensa, bem como o vazamento pelas autoridades responsáveis pela investigação.

– A expressão "tragédia" tem a ver com o 7 a 1. Me incluíram de má-fé nessa investigação, não acharam nada porque não havia o que achar. Podiam quebrar todos os sigilos a todo tempo. E agora foi pior ainda, uma matéria encomendada e já sabiam desde antes da Copa que haveria cota de ingressos para compra e cortesia da FIFA para CBF. Fizeram matéria na época – alegou.

– Quem deve explicações mesmo são as autoridades que deixaram vazar grampo sob sigilo de um suposto investigado que sequer foi denunciado, caso arquivado... Esses sim praticaram um crime – completou.

As conversas telefônicas nas quais Schmitt estava envolvido foram obtidas em meio à operação Jules Rimet, que desbaratou uma quadrilha que agia durante a Copa. Nos áudios publicados pela ESPN, é possível identificar o procurador falando com funcionários da CBF e pessoas não identificadas sobre preços e distribuição de ingressos do Mundial.

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