Presidente da Lusa diz que esperava resultado, mas vê falta de critério


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A decisão do STJD de retirar quatro pontos e, por consequência, rebaixar a Portuguesa à Série B do Campeonato Brasileiro por conta de escalação irregular do meia Héverton ainda causa revolta nos dirigentes da Lusa. Nesta terça-feira, o presidente Manuel da Lupa convocou uma entrevista coletiva na capital paulista para falar sobre o caso e deu declarações fortes a respeito do julgamento.

De acordo com o mandatário do clube do Canindé, ele já tinha conhecimento do desfecho do pleito antes mesmo de a sessão começar, mas preferiu manter o informante em sigilo.

- Você tem que pegar dentro do campo. Faz que nem o Cruzeiro: multa. Por que a Portuguesa perde quatro pontos? É imoral a Portuguesa descer para o Fluminense estar do outro lado. A gente acaba desacreditando na Justiça do Rio de Janeiro. Eu sabia o resultado antes. Só não dou o nome (de quem me contou) porque vou me comprometer. Me disse: "Aqui já está tudo mais ou menos acertado". A gente fica triste, porque estava tudo arrumado. Primeiro vão dar uma elogiadinha na Portuguesa, para depois dar o cacete - disse da Lupa.

A multa imposta ao Cruzeiro a que se refere o presidente diz respeito a uma suposta escalação irregular do meia Elisson contra o Vasco, no dia 23 de novembro. A Raposa, porém, não foi multada no julgamento em primeira instância no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que tratou da escalação irregular do goleiro reserva, na partida diante dos cariocas. Na sessão realizada em 6 de dezembro, o clube mineiro na verdade foi absolvido por maioria de votos.

A situação foi usada como um precedente para que a Portuguesa tivesse um prognóstico mais favorável no julgamento desta segunda-feira pela escalação irregular do meia-atacante Héverton. Em tese, se o Cruzeiro fosse condenado, mas recebesse uma pena mais branda, haveria de forma clara uma jurisprudência que evitaria o rebaixamento em caso de condenação da Lusa, denunciada no mesmo artigo 214. Mas a Raposa foi considerada, em primeira instância, inocente e o fato não se aplica ao caso.

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