Presidente interino do Flamengo critica cariocas: ‘Devemos agir como associação’


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O presidente em exercício do Flamengo, Walter D'Agostino criticou a falta de associação dos clubes cariocas e o fato de apenas o rubro-negro ter enviado um representante ao Ato Público em favor do América-RJ, do futebol e dos clubes brasileiros, organizado pelo alvirrubro carioca na última segunda feira, no Centro do Rio de Janeiro, para debater o cenário financeiro do futebol nacional. O cartola também criticou os clubes que são fundados com intuitos comerciais.

Junto ao presidente do América-RJ, Leo Almada, ao ex-presidente rubro-negro Márcio Braga e a outros cartolas alvirrubros, D'Agostino compôs a mesa de debates.

- Não devemos nos acomodar com aquela sucessão de poderes que se tem nos nossos órgãos de comando do futebol. Me revolta ver um clube com nome de empresa. Não se forma mais uma base, não se cria amor ao clube, é algo estritamente comercial. É triste ver um ato como esse e só o Flamengo ter enviado um representante. Devemos agir como associação, não estamos sozinhos. Não podemos deixar empresas que são criadas somente para comprar e vender jogadores tomarem o lugar de clubes como o América - disse Walter D'Agostino.

Um dos convidados do evento e membro da mesa de debates Edson Calil, diretor do Disque Denúncia, rebateu a fala do dirigente rubro-negro, apesar de concordar com o fato de que os clubes devem agir como uma associação e que se deve criar uma base.

- É um projeto muito bem montado e estruturado, com ótimo rendimento. Não vamos ficar nos fazendo de pobres coitados. Quem não está aqui é porque não quer estar. Vamos para de ficar nos vitimizando e vamos agir - comentou Edson.

Visivelmente incomodado com a crítica o dirigente não ficou até o fim do evento. Junto de Márcio Braga, Walter D'Agostino deixou a mesa distribuindo cumprimentos, não aparentando ter se retirado apenas pela crítica recebida.

O evento que contou com a presença de grandes figuras do futebol brasileiro como Zico e Gilson Nunes, abordou a questão do endividamento pelo qual os clubes estão se afundando, sob a ótica da situação financeira do América-RJ. O Ato focou a responsabilidade fiscal, social e de gestão que os clubes e dirigentes devem possuir.

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