Presidente da Coca-Cola diz que protestos contra a Copa-2014 não incomodam
O presidente da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa, disse que as manifestações contra a realização da Copa do Mundo no Brasil não afetam a marca. E destacou que a multinacional está atenta às reivindicações populares e, por isso, apóia qualquer tipo de protesto, desde que seja realizado democrática e pacificamente.
- Acompanhamos todas as expressões sociais e culturais de qualquer país e o Brasil não é exceção. O que aconteceu na Copa das Confederações e poderá ou não ocorrer na Copa do Mundo foram expressões democráticas. E nós respeitamos e abraçamos qualquer expressão democrática, desde que seja pacífica - frisou Zarazúa.
Nesta entrevista ao L!Net, Zarazúa falou ainda sobre a realização do tour da taça da Copa do Mundo. Nesta terça-feira, no Maracanã, ele deu início ao percurso que a relíquia fará pelas 27 capitais do Brasil.
L!Net - Qual foi o maior desafio na organização do tour da taça da Copa do Mundo no Brasil?
Ao começamos a pensar esse percurso, não pensamos pela dificuldade logística mas pelo carinho de o povo poder segurar a taça em um país onde todo mundo sabe de futebol e se acha o melhor do mundo. O grande desafio era segurar a taça ao longo desse caminho e cumprirmos a promessa de levar a taça a cada cantinho do Brasil e oferecer o máximo contato com a população.
L!Net - Levar a taça ao maior número de pessoas no Brasil foi o principal diferencial dos dois tours realizados, na Alemanha-2006 e África do Sul-2010?
A democratização de poder ver de perto a taça para qualquer pessoa, principalmente, no Brasil, fez a grande diferença em outros roteiros que já fizemos. Não tenho dúvida que essa tem sido a expresão mais democrática da taça nos últimos 30, 40 anos.
L!Net - O senhor acredita que durante o tour que percorrer as 27 capitais do País, quantos torcedores terão contato com a taça?
Temos a previsão de atraírmos um milhão de pessoas, que poderão ficar perto, enxegar e quase tocar essa taça tão apreciada.
L!Net - A taça chegou ao Brasil após percorrer 89 países. E quanto foi o público internacional do tour?
Um milhão de pessoas. No caso a mesma quantidade que esperamos atrair só no Brasil.
L!Net - A Copa do Mundo no Brasil tem enfrentado alguns movimentos de resistência que se materializaram nos protestos que ocorreram na Copa das Confederações. Como a Coca-Cola lida com esse tipo de manifestação?
A companhia Coca-Cola mexe muito com as pessoas. Acompanhamos todas as expressões sociais e culturais de qualquer país e o Brasil não é exceção. O que aconteceu na Copa das Confederações e poderá ou não ocorrer na Copa do Mundo, foram expressões democráticas. E nós respeitamos e abraçamos qualquer expressão democrática, desde que seja pacífica.
L!Net - Nesse contexto de protestos, como a Coca-Cola se posiciona em relação a suas campanhas?
Temos desenvolvido campanhas para tentar elevar o nível de engajamento da população ao redor de um grande evento tão esperado, desejado e merecido pelo povo. Mas, por outro lado, também estamos cientes do que queremos fazer. E nessa parte há muito em envolver as pessoas. Tudo o que fazemos tem a ver com pessoas e manifestação delas. Abraçamos e acompanhamos o que está acontecendo no país, obviamente sendo cuidadoso, mas não podemos fugir e cair fora do que acontece lá fora. As promoções e campanhas da Coca tem incorporado parte desse sentir do povo brasileiro.
L!Net - Além do tour da Taça da Copa do Mundo, a Coca-Cola é uma das organizadoras do Revezamento da Tocha Olímpica. E, o próximo, é o dos Jogos Rio-2016. Como estão os preparativos?
A Coca-Cola é o mais antigo parceiro da Fifa, oficialmente desde 1974, e também o mais antigo parceiro dos Jogos Olímpicos, desde 1928. Achamos que tanto o tour da taça quanto o tour da tocha são, mais uma vez, expressões democráticas. Onde podemos democratizar esses eventos trazendo as pessoas para ele. Para fazer o tour da taça, trabalhamos desde 2010. Já o Revezamento da Tocha iniciamos os preparativos há 18 meses.
Torcedores correm para visitar taça da Copa do Mundo