Ex-presidente da CBF é suspeito de lavagem de dinheiro em Mônaco


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O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira pode ter participado de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 90 milhões. A acusação foi feita pelo site de notícias francês Mediapart e o crime teria ocorrido em Mônaco.

De acordo com o Mediapart, a lavagem de dinheiro e o desvio de fundos para paraísos fiscais ocorreu entre 2010 e 2013 e o banco Pasche de Mônaco teria sido a instituição financeira utilizada para a pratica dos supostos crimes. O site francês afirma ter documentos em que Ricardo Teixeira é "o grande brasileiro" citado em uma conversa telefônica interceptada pelas autoridades entre o diretor do banco Jürg Schmid e o subdiretor da instituição Jean-Louis Rouillan.

- Nós, no banco Pasche Monaco, temos uma situtação em que devemos provavelmente aceitar clientes que outros bancos não aceitariam. Tenho um, um grande brasileiro. Sei muito bem que nenhum banco em Mônaco quis abrir-lhe uma conta. Evidentemente, ele é conhecido, mundialmente conhecido. Então, há risco de reputação. Sabemos que ele recebeu dinheiro para fazer favores. Aceitamos porque ele nos trouxe trinta milhões de euros (R$ 91,8 milhões). Não é pouco - disse o diretor do Pasche Monaco.

Em levantamento feito pelo Mediapart, foi ressaltado que entre os meses de janeiro e abril deste ano as viagens de Teixeira ao Principado de Monaco aumentaram substancialmente. O site ainda revelou que as reservas de hospedagem do ex-presidente da CBF foram todas feitas pelo Pasche Monaco.

Além de Mônaco, o Pasche é conhecido por ter sedes em países como Bahamas e Liechtenstein, famosos paraísos fiscais, onde o sigilo bancário não pode ser quebrado.


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