Pistorius estaria sem as próteses ao arrombar a porta do banheiro

Georges Saint Pierre (FOTO: Divulgação/UFC)
Georges Saint Pierre (FOTO: Divulgação/UFC)

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O atleta biamputado Oscar Pistorius não estava usando suas próteses quando arrombou a porta do banheiro da namorada Reeva Steenkamp. Esta foi a conclusão do coronel Johannes Gerhard Vermeulen, da divisão de análises do serviço policial sul-africano, durante mais um dia de julgamento nesta quarta-feira, em Pretória (AFS).

No Tribunal de Pretória, chamou a atenção nesta quarta uma simulação do ocorrido no dia 14 de fevereiro de 2013, quando Pistorius teria matado Reeva a tiros em sua casa. O coronel fez uma reconstituição do ocorrido e detectou nas marcas da porta que o astro paralímpico não estava com as próteses no momento em que arrombou a porta com um taco de críquete.

De acordo com o perito, a suspeita é de que as marcas na porta sejam "similares à altura em que Pistorius estava quando atirou". Estes registros condizem com a altura dele sem as pernas. Vermeulen ainda acrescentou que se Pistorius tinha equilíbrio sem as próteses para atirar com a arma, também teria para usar o taco de críquete para arrombar a porta.

O depoimento contradiz a versão dada pela defesa de Pistorius, que alega que ele confundiu a namorada com um intruso na casa e por isso atirou. Pistorius, inclusive, disse estar sem as próteses quando atirou e por isso se sentia vulnerável.

Após os tiros, Pistorius admitiu que pediu por socorro e depois reparou que Reeva não estava no quarto. Então, segundo Pistorius, ele colocou a prótese e foi arrombar a porta do banheiro.

O advogado de defesa, Barry Roux, questionou o coronel, que teve acesso à cena do crime apenas três semanas depois. Barry ainda avisou que Pistorius, mesmo com as próteses, não utilizaria o taco em uma mesma altura que uma pessoa com pernas.

O coronel Vermeulen deu risadas durante as tentativas da defesa de tirar o crédito das conclusões.

O julgamento de Pistorius está agendado para ser encerrado no dia 20 de março. Se condenado, o paratleta pode sofre uma pena de 15 anos de prisão até prisão perpétua.

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