Perto das eleições, dois grupos podem ter grande poder no Fluminense


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Além da disputa pela presidência entre Peter Siemsen e Deley, existe no Fluminense uma forte luta pelo Conselho Deliberativo do clube. É nesta instituição que se garante a governabilidade, isto é, a capacidade do presidente de implementar as propostas de mudança sem que as mesmas acabem sendo vetadas posteriormente.

Neste sentido, no momento da formação das chapas, dois grupos foram bastante privilegiados por ambos os lados. Em caso de vitória de Peter Siemsen, a Flusócio, base de apoio do atual presidente, partirá de 70 cadeiras no Conselho contra 50 dos Esportes Olímpicos, 32 do Ideal Tricolor, 25 da Tricolor de Coração e 23 da cota do próprio Peter Siemsen, reservada também em grande parte para a Flusócio, fato que já aumenta consideravelmente o número inicial. O LANCE!Net apurou que a influência da Flusócio ainda pode crescer depois da primeira reunião do Conselho, quando muitos suplentes são efetivados para substituir Beneméritos que não manifestem interesse em assumir o espaço.

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Enquanto a Flusócio teria grande importância no primeiro cenário, outro grupo político que pode praticamente definir o futuro do clube é a Democracia Tricolor. Ela terá 80 cadeiras em caso de vitória de Deley. Como a composição da chapa da oposição é ainda mais fragmentada e com muitos atores políticos que não integram necessariamente um grupo, o poder do coletivo Democracia seria ainda maior. Cabe ressaltar que a Democracia mudou de lado apenas nas últimas semanas após a proposta vantajosa de Deley perto da que havia recebido da situação. Mesmo assim, o candidato não se preocupa.

- Acima de tudo, estou feliz que a Democracia tenha vindo. Tenho tranquilidade total porque, como eu disse, a minha administração vai ser feita à luz do dia. Não posso ficar delegando. Vou realmente assumir a presidência de fato, não de direito. Hoje, há uma delegação de responsabilidade que o presidente tem feito. Vou trabalhar de forma transparente e não tenho dúvida que o Conselho estará ao meu lado. A crítica, quando feita, será construtiva. Não tenho medo da crítica, não tenho medo do diferente, da pluralidade, a vida democrática é feita dessa forma. Eu preciso de todos para reconstruir e levar o Fluminense para o caminho que ele tem que trilhar - disse ao LANCE!Net.

As chapas estão formadas e os cenários desenhados. O destino do Fluminense está nas mãos dos associados. No sábado, Peter e a coligação "Orgulho de Ser Tricolor" enfrentam Deley e o grupo "O Fluminense somos todos nós", frase icônica por ter sido usada por Deley no mandato Manoel Schwartz e atualmente inscrita na sala da presidência, mas que também foi lema da Flusócio e do próprio Peter Siemsen nas últimas eleições. A sorte está lançada.

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