Paulão reafirma ofensa racista, mas não leva adiante: ‘Não estamos tendo resultado’


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Depois do término da partida e passar por exame antidoping na Arena, o zagueiro Paulão reafirmou as acusações de ter sido alvo de ofensas racistas por parte de um torcedor do Internacional ao final do Gre-Nal. Ao deixar o campo após a vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio, por onde já jogou, o defensor ouviu um torcedor imitando barulhos de macaco e foi encará-lo. Willians também fez o mesmo. Em sua entrevista, afirmou que não irá tomar nenhuma medida legal e apenas lamentou a situação. O árbitro Leandro Vuaden afirmou que não viu o caso e não irá relatar em súmula.

Paulão viu quem fez a ofensa. Aplaudiu-o ironicamente na beira do gramado, próximo ao túnel que leva para a zona mista. Afirmou que o reconheceria e que se o encontrar na rua, irá chamá-lo para "bater um papo". O camisa 25 lembrou o caso dde racismo que Márcio Chagas vivenciou, a campanha que foi feita e o resultado inexistente.

- Já aconteceu no Gauchão. Entramos com faixas, máscaras e aconteceu novamente. São coisas pequenas, que não me diminuem em nada. Uma infelicidade no momento errado, mas está tranquilo. Não vou entrar na briga, na causa. Seria mais um negro brigando por uma causa que infelizmente não estamos tendo resultado - comentou o jogador, na zona mista da Arena.

O zagueiro teve passagem de seis meses no Grêmio, em 2010. O assunto também foi pauta neste clássico por conta de alguns cânticos da Geral que contém a palavra macaco. Um deles foi cantado antes do jogo. Paulão não procurou a polícia e nem fez boletim de ocorrência.

- Reconheceria, mas se eu encontrar ele na rua, a gente bate um papo. Se ele não tem um negro na família, ele reconheceria se tivesse. Para mim está tranquilo, tenho felicidade em ser negro. Para mim isso é tranquilo, não sou um cara que, se encontrar ele na rua, vou discutir. Se fez, tem o motivo dele. Se está cheteado com um negro, só engrandece. Fez o barulho do macaco, só. É coisa mínima. Não, vou para casa descansar - disse, respondendo se iria para a delegacia.

Nesta edição do Gauchão, o Esportivo foi punido com R$ 30 mil de multa e perda de cinco mandos de campo por conta de ofensas racistas de torcedores ao árbitro Márcio Chagas, que teve ainda o carro depredado e duas bananas colocadas no cano de descarga.

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