Parceiro nos anos 70 e 80 tenta atrair investimento do São Paulo nos EUA

Climão: Bósnios são minoria, mas acreditam no time (Foto: Igor Siqueira)
Climão: Bósnios são minoria, mas acreditam no time (Foto: Igor Siqueira)

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No final da década de 1970, sob gestão de Antônio Leme Nunes Galvão, o São Paulo selou a primeira parceria internacional de sua história. O negócio, desenvolvido graças à amizade de um dirigente português radicado nos Estados Unidos com a família Aidar. Quase quatro décadas depois, Francisco Marcos está de volta ao Brasil e revelou ao LANCE!Net que pretende reatar a relação estreita com o Tricolor.

- Foi a prineira parceria de Brasil com Estados Unidos e foi feita com Carlos Miguel Aidar, que era diretor jurídico na época. Levei vários jogadores do São Paulo, levei o time para disputar copas em um período de crescimento do futebol norte-americano. Ali lançamos o nome do São Paulo nos Estados Unidos - disse o luso, hoje consultor de futebol da USL, liga que fundou em 1986.

Francisco é um dos responsáveis pela implatação do futebol, ou 'soccer', em terras norte-americanas e, em 1979, escolheu o São Paulo para reforçar os planos de crescimento do esporte no país. Os tricolores haviam sido campeões brasileiros em 1977 e contava com jovens atletas que dificilmente teriam chances no time profissional.

Teodoro Santana, Tatu e Milton Cruz, hoje coordenador técnico do clube, foram envolvidos na parceria e fizeram sucesso na terra do Tio Sam no mesmo período em que o badalado New York Cosmos contava com astros da estirpe de Carlos Alberto Torres, Franz Beckenbauer e Pelé. Em contrapartida, jovens americanos ganharam a oportunidade de treinar com os aspirantes do time do Morumbi.

A viagem atual ao Brasil não tinha os negócios como objetivo. Francisco Marcos chegou ao País para assistir in loco à nona Copa do Mundo quando soube que o amigo Carlos Miguel Aidar havia voltado à presidência do São Paulo. O consultor, então, resolveu chamar o mandatário tricolor para conversar e apresentar o promissor cenário norte-americano para o futebol. O sonho é grande: ver o São Paulo investir ou ter a própria franquia na USL.


- Vim retomar a relação porque o Aidar foi eleito, o que me deixou muito contente. O São Paulo tem uma grande oportunidade de fazer algo bom em um momento de disparada. O clube tem visão global, deixou a federação norte-americana encantada com o CT da Barra Funda (a seleção do país está concentrada no local para a Copa). É hora de expandir o nome do São Paulo. O trem está passando e não se pode perder - exaltou Francisco.

Até o momento, as conversas foram todas informais, em encontros marcados para colocar as histórias em dia. Francisco, no entanto, já sabe por onde agir. Além da própria boa relação com Aidar, ele conta com o empresário Luciano Couto, com quem trabalha no Brasil. Luciano tem ótimo trânsito no Morumbi e ajudou o clube a contratar o volante Hudson após o Campeonato Paulista.

- É uma chance muito boa para o São Paulo. Estamos conversando e a nossa vontade é fechar esta parceria - destacou Luciano.


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